Governo não cumprirá cronograma de vacinação pelo 2º mês consecutivo

28 de março de 2021, 15:28

(Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde disponibilizará apenas 73% das vacinas prometidas para março. Será o 2º mês consecutivo que o governo não consegue cumprir o cronograma de entrega.

No dia 19, no último cronograma apresentado pela área da saúde, o governo previu que seriam entregues 38 milhões de doses em março, mas, até o dia 31 de março, terão sido distribuídas apenas 27,6 milhões.

Caso a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) não entregue as doses prometidas, o número pode baixar para 24,7 milhões (65% do previsto).

Para abril, a Fiocruz também já indicou que não conseguirá realizar a entrega prevista de 12 milhões de doses.

Desde o começo da campanha de imunização até a tarde de 6ª feira (26.mar.2021), o governo federal afirmou ter distribuído 30,7 milhões de doses.

A principal falha na programação está relacionada à Covaxin, vacina indiana comercializada no Brasil pela Precisa Medicamentos.

A previsão para março era entregar 8 milhões de doses da Covaxin, mas a empresa não confirmou se elas estarão disponíveis até o final deste mês.

“Fizemos a solicitação de licença de importação e estamos atendendo todas as demandas para buscar atender ao cronograma”, diz nota da Precisa Medicamentos.

No entanto, a Covaxin não poderá ser usada agora porque ainda não tem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que diz que faltam documentos a respeito do imunizante.

O problema se estende à vacina de Oxford, produzida pela Fiocruz, a previsão era de entrega de 3,9 milhões de doses em março. Até o momento, o laboratório entregou cerca de 1 milhão.

No caso da Coronavac, o Ministério da Saúde afirmou que o Instituto Butantan entregaria 23,3 milhões de doses em março, mas, o dia 31, o total será de 22,7 milhões.

Também há, ainda, uma falha de comunicação. O Butantan diz que o Ministério da Saúde considerou para março 600 mil doses que foram entregues em fevereiro.

O problema com a entrega das vacinas acontece no pior momento da pandemia.

Ao todo, já morreram no Brasil 310.550 pessoas vítimas da covid-19.

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