Ex-engenheiro da Google diz ter previsto data em que humanidade alcançará a imortalidade; e ele já acertou previsões passadas

27 de abril de 2024, 16:57

Singularidade está prevista para 2045, afirma Ray Kurzweil (Foto: Reprodução)

Com o ritmo em que a tecnologia evolui, muitos se perguntam se os humanos algum dia alcançarão a imortalidade. Para alguns como um ex-engenheiro da Google, isso é um fato. E de acordo com Ray Kurzweil, a humanidade alcançará a imortalidade a partir de 2030.

Não é a primeira vez que Kurzweil faz previsões desse calibre e, eventualmente, elas acabam acontecendo. Na verdade, ele acertou 86% das 147 previsões que fez, segundo o Daily Mail. Este renomado inventor e autor de diversos livros sobre inteligência artificial, nanotecnologia e robótica, vem afirmando há algum tempo que, dentro de alguns anos, chegaremos à “singularidade”.

Uma história de nanorrobôs, inteligência artificial e… “singularidade”

Se você está se perguntando o que esse termo significa, não se preocupe, nós resumiremos para você. A singularidade é o conceito teórico a que Kurzweil se refere onde explica que a inteligência artificial chegará a um ponto em que ultrapassará a inteligência humana e mudará o curso da nossa evolução. Kurzweil chama esse ponto de “singularidade”.

Como explica este ex-engenheiro, ele vê um futuro em que a singularidade ocorrerá no ano de 2045, com a inteligência artificial passando num teste de Turing válido em 2029. A ideia desta previsão é que, uma vez atingida a singularidade, os campos da genética, da nanotecnologia e da robótica terão evoluído ao ponto de serem descobertos métodos de reversão de idade utilizando ‘nanobots’.

A ideia de Kurzweil é que esses pequenos nanobots possam viajar até nosso corpo para reparar células que se deterioraram, causando um atraso no envelhecimento. O ex-engenheiro apontou uma melhora no sistema imunológico como resultado do trabalho desses nanobots, oferecendo também resistência a doenças como o câncer.

A singularidade é uma ideia que Kurzweil já refletiu no seu livro ‘A singularidade está próxima’, em 2005. Embora o momento desta previsão tenha sido encarado com algum ceticismo, a verdade é que um futuro em que o nosso organismo passe por processos que consigam melhorar nosso sistema imunológico por meio da nanotecnologia é algo que vários cientistas e especialistas têm debatido como possível.

Kurzweil foi contratado pela Google em 2012 para trabalhar em novos projetos relacionados a aprendizado de máquina e processamento de linguagem, mas já fazia previsões sobre avanços tecnológicos muito antes disso. Em 1990, ele previu que o melhor jogador de xadrez do mundo perderia para um computador no ano 2000. O fato acabou acontecendo em 1997, quando Deep Blue derrotou Gary Kasparov.

Kurzweil fez outra previsão surpreendente em 1999: ele disse que em 2023 um notebook de US$ 1.000 teria o poder computacional e a capacidade de armazenamento de um cérebro humano. O ex-engenheiro tem outras previsões, embora talvez nenhuma tão ambiciosa quanto a que conta sobre a singularidade.

No seu livro ele determinou que as máquinas já estavam a tornando os humanos mais inteligentes e que, ao ligá-las ao neocórtex, “as pessoas pensarão de forma mais inteligente”. Ao contrário do que muitos de nós pensamos sobre conectar nossos cérebros a uma máquina, Kurzweil acredita firmemente que os implantes cibernéticos podem nos melhorar.

Embora não se baseiem no conceito de singularidade, os implantes com tecnologia baseada em inteligência artificial já são uma realidade. Lembremos que empresas como Neuralink ou Synchron já conseguiram isso, permitindo aos pacientes controlar determinados dispositivos “com a mente”.

Em vez da visão de que as máquinas controlarão a humanidade no futuro, Kurzweil é mais positivo, afirmando que criaremos uma “síntese entre humanos e máquinas” que nos tornará “ainda melhores”. Embora seja um tema que já vimos inúmeras vezes em filmes, séries de ficção científica e até jogos, agora a dúvida é se tudo isso acabará sendo realidade. Para Kurzweil, alcançar a singularidade é um fato.

IGN/Tech

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