Estudo vê elo entre poluição e depressão e esquizofrenia
21 de agosto de 2019, 06:01
Dia vira noite em São Paulo devido a poluição e queimadas (Foto: Reprodução)
A poluição ambiental entope os pulmões e encurta vidas, mas também está ligada a um risco maior de doenças mentais, disseram pesquisadores nesta terça-feira, em um estudo baseado em dados de milhões de pacientes dos Estados Unidos e da Dinamarca.
Pessoas expostas a um ar de qualidade ruim nos dois países ficaram mais sujeitas a ser diagnosticadas com bipolaridade ou depressão, mostrou o estudo, embora críticos tenham dito que ele foi falho e que é preciso pesquisar mais para tirar conclusões firmes.
“Existem alguns gatilhos conhecidos (de doenças mentais), mas a poluição é uma nova direção”, disse o líder do estudo, Andrey Rzhetsky, da Universidade de Chicago, à Thomson Reuters Foundation.
“Pesquisas com cães e roedores mostram que a poluição ambiental pode entrar no cérebro e causar inflamação, o que resulta em sintomas semelhantes à depressão. É muito possível que a mesma coisa aconteça em humanos”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a poluição ambiental mata 7 milhões de pessoas por ano – o equivalente a 13 mortes por minuto e mais do que o total combinado de guerras, assassinatos, tuberculose, HIV, Aids e malária.
Ela pode encurtar em 20 meses, na média, a expectativa de vida de crianças nascidas na atualidade, segundo a pesquisa publicada pela organização norte-americana sem fins lucrativos Instituto dos Efeitos da Saúde no início deste ano.
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