Escavações no Líbano dizem que Bíblia estava errada sobre região
07 de agosto de 2018, 10:06
(Foto: Claude Doumet-Serhal/Divulgação)
As amostras de cinco cadáveres enterrados há 3,6 mil anos no Líbano podem colocar à prova informações contidas na Bíblia.
De acordo com o Antigo Testamento, Deus teria ordenado que seus fiéis exterminassem todos os cananeus, população que viveu no local há 4 mil anos. No entanto, as escavações na região mostram que os cananeus permaneceram no local, contrariando a passagem que diz que eles teriam sido extintos e suas cidades, arrasadas.
“Realmente não sabemos nada sobre eles de fontes diretas, porque todas foram destruídas, e o pouco que conhecemos é através de outras fontes, como a Bíblia”, explicou Chris Tyler-Smith, geneticista do Instituto Sanger do Wellcome Trust, no Reino Unido, ao jornal El País.
Ao encontrar os cadáveres enterrados na região de Sidon, apontada como uma das principais cidades cananeias, a equipe de Tyler-Smith analisou o genoma das ossadas e pôde precisar há quanto tempo os esqueletos viveram.
O grupo também constatou que o DNA não só não foi extinto, como foi transmitido por gerações e hoje é predominante nos libaneses.
De acordo com o estudo, os cananeus descendiam de agricultores que se estabeleceram na região há mais de 5 mil anos, vindos do leste da Eurásia.
“Esta linhagem deve ser comum entre toda a população do Oriente Médio, e podemos estar bastante seguros de que seu peso será similar nos habitantes dos países vizinhos”, afirma Tyler Smith.
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