Covid-19: Vacina de Oxford é apenas 70% eficaz
23 de novembro de 2020, 07:50
Um resultado considerado aquém dos obtidos pelas vacinas da Pfizer e da Moderna, com índices acima dos 90% (Foto: Reprodução)
Avacina contra a Covid-19, que está sendo desenvolvida pela universidade de Oxford e pela AstraZeneca, demonstra ter 70% de eficácia, revela a BBC, nesta segunda-feira.Estes são resultados provisórios dos ensaios clínicos.
Segundoa emissorabritânica, apesar de se tratar de uma boa notícia, acaba ficando aquém dos resultados obtidos pelas vacinas da Pfizer e da Moderna, com índicesacima dos 90%.
O estudo contou com cerca de 20 mil voluntários -metade do Reino Unido e a outrametade do Brasil. Trinta daqueles que receberam a vacina ficaram infectados pelo novo coronavírus, em comparação com 101 pessoas infectadase que receberam placebo.Nenhuma hospitalização ou casos graves da doença foram relatados.
Curiosamente, a eficácia aumentou para 90% num grupo de voluntários que recebeu meia dose inicial, seguida de uma dose completa.Estadiferença ainda não é clara.
A análise combinada de ambos os regimes de dosagem resulta numa eficácia média de 70%, explica a AstraZenecaem comunicado, acrescentando que “mais dados continuarão a ser acumulados e análises adicionais serão desenvolvidas, refinando a leitura da eficácia para estabelecer a duração daproteção” conferida.
“Estas descobertas mostram que temos uma vacina eficaz que salvará muitas vidas. Incrivelmente, descobrimos que um de nossos regimes de dosagem pode ser cerca de 90% eficaz e se este regime de dosagem for usado, mais pessoas poderiam ser vacinadas com o fornecimento planeado de vacina. O anúncio de hoje só é possível graças aos muitos voluntários do nosso teste e à equipa talentosa e trabalhadora de investigadores em todo o mundo”, disse oinvestigador-chefe do gabinete de testes da vacina em Oxford, Andrew Pollard, citado no comunicado.
De acordo com a BBC, esta vacina é mais barata e mais fácil de armazenar,quando comparada com asvacinas da Pfizer e da Moderna.
A vacina aguarda agora aprovação pelos reguladores que irão avaliar a sua segurança e eficácia. Esse processo acontecerá nas próximas semanas.
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