Coreia do Norte se mostra disposta a renunciar arma atômica
06 de março de 2018, 10:35
(Foto: © KCNA KCNA / Reuters)
Kim Jong-un considera não precisar desenvolver seu programa nuclear, desde que a segurança de seu regime esteja garantida
A Coréia do Sul e Coréia do Norte irão realizar um encontro histórico em abril, em Seul. Será a primeira cúpula em onze anos e o terceiro encontro em toda a História.
Kim Jong-un, como anunciado pelo presidente da delegação e consultor sul-coreano de Segurança Nacional, Chung Eui-yong, além de está aberto ao diálogo com os Estados Unidos, também se mostra acessível à ideia de suspender seu programa de armas enquanto essas negociações estão ocorrendo, informa o El País. De acordo com o alto funcionário, o líder norte-coreano considera que ele não precisa desenvolver seu programa nuclear, desde que não haja ameaça militar contra seu território e que a segurança de seu regime esteja garantida.
“O Norte declarou claramente seu compromisso com a desnuclearização da península coreana e disse que não seria correto possuir armas nucleares se a segurança de seu regime fosse garantida e as ameaças militares contra a Coréia do Norte fossem eliminadas”, explicou o conselheiro.
“O Sul e o Norte concordaram em estabelecer uma linha direta entre seus líderes para permitir consultas e uma redução da tensão militar. Eles também concordaram em manter sua primeira conversa telefônica antes da terceira Cúpula Sul-Norte “, disse Chung.
As Coréias passam por uma processo de “descongelamento” incipiente na sequência dos Jogos Olímpicos de Inverno no Sul, que teve a participação do Norte e viu os dois países desfilarem sob a mesma bandeira.
Moon, que ganhou as eleições sul-coreanas em maio do ano passado com um programa que prometeu buscar o diálogo com o Norte, insistiu na importância de construir pontes com Pyongyang e na necessidade de o Norte dialogar com os Estados Unidos.
Meses depois de alta tensão sobre o programa nuclear norte-coreano, em episódios que incluíram testes de mísseis balísticos intercontinentais e a detonação de sua maior bomba nuclear até o momento, Washington diz que apoia negociações inter-coreanas, enquanto defende a necessidade de manter alta pressão sobre Pyongyang.
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