Como fazer o cabelo crescer? Veja tratamentos disponíveis no mercado

13 de setembro de 2022, 09:49

Tratamentos estéticos e medicamentosos ajudam na recuperação, mas devem ser feitos de acordo com o diagnóstico de cada paciente (Foto: Reprodução)

A redução do volume dos cabelos pode ter causas variadas, como má alimentação, uso de produtos químicos, medicamentos, infecções e tração dos fios, além de condições hormonais e hereditárias. Tratamentos estéticos e medicamentosos ajudam na recuperação, mas devem ser feitos de acordo com o diagnóstico de cada paciente.

A alopecia andronegética, conhecida como calvície, que causa a atrofia dos folículos capilares e acelera a perda dos cabelos, é a condição mais comum quando o assunto é que de cabelo. Ela afeta homens com maior frequência, embora mulheres também possam desenvolver o quadro.

MMP CAPILAR

Trata-se de um microagulhamento capilar com um “roller” ou máquinas.

“Esses equipamentos fazem pequenas perfurações do couro cabeludo com pequeno volume de sangramento e por meio dessas aberturas se depositam mesclas de substâncias que vão auxiliar o cabelo a crescer. Dentro dessa mescla pode ter inclusive os medicamentos finasterida e minoxidil”, diz a médica Juliana Almeida, dermatologista pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), com clínica em Campinas.

Em média, é feita uma sessão por mês. Os valores variam de R$ 600 a R$ 1.000 por atendimento.

Caso o paciente tenha intolerância a dor e alopécias cicatriciais, que são causadas por infecções virais e tração repetida no couro cabeludo, há contraindição.

MESOTERAPIA CAPILAR

Assim como o microagulhamento, a mesoterapia também é realizada diretamente no couro cabeludo.

“São injeções no couro cabeludo com substâncias que podem potencializar o crescimento do cabelo, como finasterida, minoxidil, e d-pantenol”, explica a Almeida.

O preço varia de R$ 300 a R$ 1.000 dependendo da combinação de substâncias e do profissional que executa. A única contraindicação, segundo a médica, é a intolerância a dor do paciente.

MINOXIDIL ORAL

O medicamento era originalmente usado para o tratamento da hipertensão e como efeito colateral apresentava aumento dos pelos em todas as regiões.

“Desde a década de 80 [o minoxidil] passou a ser prescrito de forma tópica contra a calvície, ou seja, um líquido para passar diretamente no couro cabeludo”, aponta a dermatologista.

O minoxidil pode ser encontrado apenas em farmácias de manipulação, somente com receita médica e em estabelecimentos autorizados. A dose varia de 0,25 a 10 mg. O tratamento para um mês custa entre R$ 50 e R$ 100, dependendo do local e da dosagem.

“É contraindicado para pacientes com pressão baixa ou outros problemas cardíacos. Ele gera aumento dos pelos em todas as regiões do corpo, pode causar tontura, queda de pressão repentina, e inchaço nas pernas”, alerta Almeida.

A médica dermatologista Fabiane Brenner, coordenadora do departamento de cabelos da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), diz que o medicamento passou a ser prescrito de forma oral de há cinco anos quando começaram a surgir novos estudos.

“Passamos a usar por conta de novos estudos que falam dos benefícios do uso de menor dose. Ele é o produto que mais tem estudo científico sobre queda de cabelo. Mas o uso oral começou a se popularizar a partir de estudos independentes no exterior e no Brasil”, aponta Brenner.

“Mas é preciso cuidado e acompanhamento médico. Não pode ser prescrito ou utilizado de forma indiscriminada por conta dos efeitos colaterais”, alerta a representante da SBD.

FINASTERIDA

Assim como o minoxidil, a finasterida também é um medicamento utilizado para o tratamento da calvície. Os pacientes costumam tomar doses de 1 mg por dia.

“Ele age inibindo a enzima 5 alfa redutase, que faz a conversão da testosterona em di-hidrotestosterona, que causa o afinamento dos fios de cabelo e a calvície”, diz a médica Juliana Almeida.

Uma caixa com 30 comprimidos custa entre R$ 15 e R$ 20. Entre os possíveis efeitos colaterais no homem estão a diminuição da libido e impotência.

“Ele também causa a diminuição da velocidade do espermatozoide, então não é recomendando para homens que estão tentando ter filhos. Já nas mulheres a contraindicação é casos de câncer de mama na família ou na paciente”, afirma a dermatologista Juliana Almeida.

LED OU LASER DE BAIXA INTENSIDADE

São dispositivos em forma de tiara, escova ou capacete que atuam diretamente no couro cabeludo.

“São aparelhos que podem ser usados em casa ou nas clínicas. Eles têm ação anti-inflamatória e vasodilatadora para estimular o crescimento dos fios. Geralmente são utilizados antes dos tratamentos de MMP e mesoterapia capilar”, aponta Almeida.

Os valores variam, mas geralmente estão incluídos no tratamento de mesoterapia e microagulhamento.

TRANSPLANTE CAPILAR

O transplante capilar é uma técnica invasiva e cara, geralmente utilizada como último recurso quando todas as outras alternativas não geram o resultado esperado.

João Gabriel Nunes, médico formado pela Universidad Del Valle, na Bolívia, especializado em tricologia e transplante capilar no Instituto e Hospital da Pele em São Paulo, afirma que essa deve ser a última opção.

“A gente precisa de uma área doadora que ainda tenha bastante cabelo, como a nuca e as laterais acima das orelhas, e fazemos a redistribuição dos folículos, um por um. É demorado e trabalhoso”, afirma.

O valor do tratamento varia entre cerca de R$ 17 mil a R$ 30 mil.

As contraindicações são para pacientes que tiveram infarto recente, arritmia grave ou outras complicações do tipo.

Folhapress

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