Um planeta de enormes dimensões – cuja existência anteriormente era extremamente improvável – foi descoberto a orbitar um estrela de tamanho muito reduzido. De acordo com os astrónomos, este planeta “não deveria existir”, porque contraria as teorias atualmente conhecidas.
Este novo globo descoberto é semelhante a Júpiter e as suas dimensões são “extraordinariamente grande em comparação à sua estrela anfitriã”, contradizendo a ideia atual que era aceite pelos cientistas sobre o modo como os planetas se formam.
Os cientistas não esperavam ver este planeta a orbitar uma estrela tão pequena, porque as teorias atuais sobre a formação dos planetas sugerem que as pequenas estrelas dão origem a pequenos planetas e estrelas maiores dão origem a planetas maiores.
“Não se pensava que existissem tais planetas enormes em redor de estrelas tão pequenas”, afirma Daniel Bayliss da Universidade de Warwick.
“Acho que a impressão geral foi de que esses planetas simplesmente não existiam, mas não podíamos ter a certeza porque as estrelas pequenas são muito fracas, o que as torna difíceis de estudar, mesmo que sejam estrelas muito mais comuns do que as estrelas como o Sol”, disse o cientista Peter Wheatley à BBC News.
De acordo com a BBC, uma equipe internacional de astrónomos disse à revista Science que “é emocionante, porque nos questionamos há muito tempo se os planetas gigantes como Júpiter e Saturno se poderiam formar em torno de estrelas tão pequenas”, disse o professor Peter Wheatley, da Universidade de Warwick, Reino Unido, que não participou neste estudo mais recente.
A estrela, que fica a 284 trilhões de quilómetros de distância, é uma anã vermelha do tipo M – o tipo mais comum na nossa galáxia.