Caso fabricantes quisessem, celulares poderiam durar até 15 anos
16 de novembro de 2018, 11:25
(Foto: Reprodução)
Todos os fabricantes de celulares fazem isto neste momento
A obsolescê Cia programada afeta produtos de vários setores, sejam têxteis, eletrodomésticos ou smartphones, que poucos anos depois de serem adquiridos começam a estragar.
Segundo Benito Muros, presidente da Fundação Energia e Inovação Sustentável sem Obsolescência Programada “absolutamente todos os fabricantes de celulares fazem isto neste momento”. Em declarações ao El País, o especialista explica ainda que a vida de um telefone hoje em dia é de dois anos, depois disso será certo que vai começar a dar problemas e as reparações custam, normalmente, até 40% do que custaria um novo.
“Caso a obsolescência programada não existisse, um celular teria uma vida útil de 12 a 15 anos”, afirma.
A Autoridade Italiana de Concorrência e Garantia de Mercado impôs, há cerca de duas semanas, uma multa de cinco milhões de euros à Samsung e outra de 10 milhões à Apple por obrigarem os clientes a fazer atualizações de software que deixam os aparelhos mais lentos. As empresas são acusadas de realizar “práticas comerciais desleais” e que causam “disfunções sérias” nos dispositivos.
As pessoas hoje em dia trocam os celulares em média uma vez por ano, mas os primeiros aparelhos tinham uma vida útil de até seis anos. “Vivemos na era da obsolescência programada. Não apenas em celulares, mas também em móveis, calçados ou eletrodomésticos. As máquinas de lavar roupa que nossos pais tinham duravam 20 ou 30 anos e agora duram pouco mais de sete”, afirma Alodia Pérez, responsável pela organização Recursos Naturais e Resíduos da organização Amigos da Terra, referindo ainda de que se trata de uma estratégia de mercado para poder continuar a vender.
Enquanto em países como Itália e França, as leis já estão em andamento para proibir esse tipo de prática, nos restantes, não existe uma lei que penalize a obsolescência programada
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