Brasil tem onda de calor e previsão de 40°C mesmo no inverno

22 de agosto de 2023, 10:39

Todo o país deve ser afetado, e a massa de ar quente e seco deve cobrir grande parte do Brasil; a região Sul contém risco de temporais (Foto: Gervásio Lima - Jacobina - BA)

A partir desta terça (22), os termômetros sobem e uma onda de calor, que tem previsão de atuar em território nacional até sábado (26), se inicia. Nesta terceira semana de agosto, o país deve enfrentar um tipo de calor mais comum de ser registrado entre setembro e outubro, com potencial de provocar recordes de temperatura em pleno inverno no Brasil.

A massa de ar quente e seco cobre grande parte do país. Nos primeiros 21 dias de agosto, picos de calor foram observados por todo o Brasil. Em Cuiabá, no dia 10, os termômetros marcaram 40,4°C, estabelecendo o mais novo recorde de calor do ano no país, de acordo com medições feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A média de temperatura para a região no mês é de 34,7°C.

As regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste são as regiões mais afetadas pela onda de calor, já que a região Sul receberá a chegada de uma nova frente fria. Temperaturas próximas ou acima de 40 °C estão previstas nas cidades de Cuiabá, Goiânia, Brasília, Teresina, e Rio Branco.

Há um alerta para o índice baixo de umidade no ar, que vai variar entre 12% a 20%, e afeta os estados do Tocantins, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, e Mato Grosso.

As regiões Sudeste e Centro-oeste são as que mais devem sentir as ondas de calor, com previsões que beiram os 40ºC:

Em São Paulo, o pico do calor deve acontecer entre quarta-feira (23) e quinta-feira (24), quando as máximas devem oscilar entre os 32°C e 34°C;
No Rio Grande do Sul, máximas entre 32°C e 34°C em vários pontos do Estado devem ocorrer;
Rio de Janeiro esperada máximas à tarde, entre 36°C a 39°C em muitas cidades;
Para o Triângulo Mineiro estão previstas máximas de 37°C a 40°C na tarde de quarta-feira (23).

Esse calor extremo, de acordo com especialistas, é consequência da atuação de uma “corrente de jato” (ventos) em baixos níveis da atmosfera, que transporta o ar quente do Norte do país em direção ao Sul e Sudeste. Esta corrente vem do leste dos Andes, no Chile.

Com uma extensão de centenas de quilômetros, ela se forma a partir do sul da região amazônica e percorre um caminho até a Bacia do Rio da Prata, que se estende ao sul do Brasil, passando pelo Uruguai, Paraguai e Argentina. Esse transporte de ar quente é comum antes de frentes frias e ciclones.

Na região Sul, estão previstos uma forte chuva e risco de temporais, com instabilidades na região do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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