As conquistas são consequências do que se é trabalhado

24 de novembro de 2022, 11:49

*Por Gervásio Lima –

Um dos trechos da música Trem-Bala, de Ana Vilela, diz que ‘não é sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu, é sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu’.

Como em qualquer situação, o ponto de vista, a interpretação, é livre e na maioria das vezes se diverge, mas ao tentar se aproximar ao máximo utilizando todo o contexto da mensagem que a compositora quer passar, é possível afirmar que o importante não é somente alcançar determinado objetivo, mas também a experiência adquirida durante o caminho percorrido até chegar ao intento.

Valorizar a luta e a labuta é uma demonstração, antes de tudo, de humildade. Contemplar a estrada torna a viagem mais aprazível, mesmo que esta seja repleta de conexões.

Na verdade a vida é cheia de objetivos. Se apegar à conquista de um único feito é como viajar sempre para um único destino, cujo trajeto não possui atalhos. É uma espécie ‘mas do mesmo’.

Longe de priorizar a aventura, ou se jogar no desconhecido, é necessário saber o que se quer e onde se pretende chegar; sempre com algumas peças na mala, pois é essencial que se leve objetos extras, como sapiência, resiliência, empatia e esperança.

As conquistas são consequências do que se é trabalhado. A definição do bem-estar não é atrelado a bonanças, como a financeira.

Certas ausências corroboram para a frustração, em detrimento de emoção. Assim como a partida, a chegada não pode ser única, mas incessante. A busca é algo intrínseco ao ser humano, porém estará fadado ao fracasso e à decepção aquele que não sabe o que está se buscando.

O certo é nunca ir com muita sede ao pote, mas dar tempo ao tempo.

É vida que segue…

*Jornalista e historiador

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