Arrependimento é para os fracos
31 de outubro de 2017, 12:18
Quando se faz algo na vontade de acertar e sem más intenções, não existe arrependimento e sim decepção. O ser humano é suscetível ao erro, com alta potencialidade para reincidência, seja por inocência quando se trata dos bons ou até mesmo por malícia dos maus intencionados. É possível afirmar que o preço pela falta do acerto é sempre alto e, o pior, a vítima não é apenas aquela que transgrediu a regra, como também as testemunhas, mesmo estas não sendo cúmplices.
Um misto de vergonha, sentimento de tristeza, descontentamento, frustração e outras emoções de insatisfação permeiam entre muitos brasileiros que preferiram acreditar no medo ao se deixar ser manipulados por uma rede de tendenciosos e egoístas que insiste em acreditar que pode conquistar desde a consciência à dignidade dos incautos mortais. Muita gente dando bom dia a cavalo.
Além de angustiante, desprezível e deplorável, o que se apresenta ao Brasil neste momento destrói mais que um tsunami e fere como um punhal. Os representantes já não representam e a população não tem alento. Enquanto o dinheiro falar mais alto do que o caráter do homem haverá falsidade e mentira. É inconcebível que o ser humano, com boa sanidade mental, realize ou aceite atrocidades contra si e seus pares.
Como exercício de cidadania, uma visita ao passado faz bem, para lembrar dos erros que não pode cometer novamente. Refletir também faz bem. Não havendo um levante popular, a destruição e o cerceamento de conquistas históricas irão derreter mais rápido que o sorvete exposto ao sol do verão. Gritar, como sinônimo de luta, é uma ação convalescente capaz de mudar e consertar os erros conscientes e os inconscientes. É inaceitável e ininteligível persistir no erro.
Os falidos não os serão para sempre, quiçá queiram aceitar o ruim como permanente e a inércia como regra de vida. Como disse o cantor de reggae baiano, Edson Gomes, “as ruas estão cheias de hipócritas”, mas também estão cheias de lutadores que acreditam e possuem o poder de fazer acontecer.
Por Gervásio Lima
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