Amazônia: alertas de desmatamento em janeiro têm queda de 61%
10 de fevereiro de 2023, 09:58
Taxa de desmate para o primeiro mês do ano é 4ª menor da série histórica do Inpe: 167 km². No ano passado, índice chegou a 430 km² no mesmo mês (Foto: Reprodução)
O número alertas de desmatamento realizados em janeiro de 2023 na Amazônia Legal foi de 167 km², a 4ª menor marca para o mês na série histórica do Deter , que começou em 2015. Os dados são do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram divulgados nesta sexta-feira (10).
Em janeiro do ano passado, o índice chegou a 430 km². Com isso, foi registrada uma queda de 61% em relação ao ano anterior.
A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro, e abrange a área de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão.
Os alertas de desmatamento são feitos e registrados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter). São produzidos sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal.
Com os 167 km² (uma área um pouco maior que o tamanho da cidade de Niterói), a taxa deste ano só ficou acima das marcas de 2017, 2019 e 2021, quando o índice chegou a 58, 136 e 83 km², respectivamente.
Recordes de alerta de desmatamento em 2022
No ano passado, janeiro e fevereiro acumularam recordes de desmatamento – uma situação extraordinária porque o período entre dezembro, janeiro, fevereiro e março é o que normalmente acumula taxas menores de desmate já que estão dentro da estação chuvosa da maioria dos estados do bioma.
No entanto, as taxas da época se comparam aos registros da estação seca em anos onde houve maior ação contra os crimes ambientais.
Em janeiro de 2022 foram 430,44 km² de área sob alerta de desmatamento, de acordo com o sistema Deter. A média para janeiro no período entre 2016 e 2021 é de 162 km². A taxa foi 165% maior;
Já em fevereiro de 2022 foram 199 km² de áreas sob alerta de desmate, segundo o Inpe ; a média entre 2016 e 2021 é de 135 km². O número registrado no ano passado foi 47% maior.
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