Agroindústrias familiares geram renda e mudam a realidade de comunidades quilombolas de Caém e Umburanas
07 de maio de 2025, 11:06

Na Cozinha Comunitária de Várzea Queimada, em Caém, Tia Likinha produz receitas à base de derivados da mandioca (Foto: Divulgação/CAR)
Os quilombos Várzea Queimada e Volta da Serra, localizados nos municípios de Caém e Umburanas, receberam do Governo do Estado unidades de processamento da mandioca e cozinhas comunitárias, implantadas pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), por meio do projeto Pró-Semiárido. As agroindústrias têm atualizado o processo de eliminação da farinha e fécula e fortalecem os grupos produtivos de mulheres que trabalham nas cozinhas com produtos feitos com derivados da mandioca.
As unidades de processamento da mandioca contam com áreas para coleta de matéria-prima, fecularia, estoque de insumos e do produto final, estufa, tratamento de resíduos, e tanques de decantação e para tratamento da manipueira, dentre outros espaços. As cozinhas comunitárias foram estruturadas com setor de higienização, produção, embalagem, estoque, banheiros e copa.
“Esses empreendimentos são de grande importância para os quilombos, comunidades invisibilizadas, que ficaram muito tempo desassistidas, o que faz esses investimentos, também, um tesouro histórico! Além disso, a gente tem nesse processo o fortalecimento da mandiocultura, antes vista somente como meio para extração da farinha. de gerar renda, com a comercialização”, explica Rejane Magalhães, coordenadora local do Pró-Semiárido no Piemonte da Diamantina.
Cláudio Vieira, do quilombo Volta da Serra, fala da revolução ocorrida na comunidade depois da instalação das agroindústrias: “Receber essa Unidade de Processamento da Mandioca foi muito importante para nós. Aqui na região não há nenhum empreendimento como esse! A gente antes tinha muita dificuldade para fazer a nossa farinha. A nossa comunidade era totalmente esquecida. Hoje, além de termos sido contemplados com a Unidade e uma Cozinha Comunitária, conseguindo o reconhecimento pela Fundação Palmares como comunidade quilombola, o que nos deixou muito deixados satisfeitos. A Volta da Serra hoje tem outra cara!”.
Nas cozinhas comunitárias dos grupos de mulheres Sabores do Sertão (Umburanas) e Delícias da Tia Likinha (Caém) produzem receitas à base dos derivados da mandioca como, beijus saborizados e crocantes, bolos, biscoitos e pães. “A nossa Cozinha Comunitária trouxe não só renda, mas também identidade e fortalecimento para as mulheres da comunidade”, avalia a agricultora Josy Santos, do grupo Delícias da Tia Likinha.
Ascom/CAR
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