Afinal, tem problema deixar o celular carregando oa noite toda?
24 de novembro de 2020, 17:24
(Foto: Reprodução)
A situação descrita a seguir é completamente normal para a maioria das pessoas que possui um smartphone: usamos o aparelho o dia todo e sua carga chega ao fim do dia quase “morrendo”. Para garantir que no dia seguinte tenhamos o dispositivo ao nosso lado ainda “vivo”, é comum deixarmos ele conectado ao carregador a noite toda para “abastecer suas energias”.
Mas você já parou para pensar no quanto a pratica de deixar o smartphone plugado na tomada consome de energia? E, considerando que a maioria dos aparelhos demora uma média de duas horas para carregar completamente, não seria um desperdício mantê-lo conectado? Para nossa sorte, David MacKay, professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra, estudou sobre o assunto e presenteou-nos com a respostas definitivas sobre o assunto.
O que precisa ser respondido
Além de estudar o reflexo nas finanças da prática de deixar o smartphone plugado a noite toda, David MacKay também procurou a resposta de o quanto pode ser prejudicial para o bolso deixar o próprio carregador conectado. Afinal, nem todos tiram da tomada o dispositivo após o celular alcançar os 100% de carga.
Outra preocupação de muitos usuários e que também foi respondida por MacKay é o impacto do tempo conectado na bateria do smartphone. Afinal, não são raros os casos envolvendo aparelhos que simplesmente explodiram quando estavam plugados na tomada carregando.
“É como ajudar o Titanic com uma colher de chá”
Sem rodeios, o professor foi bastante claro em sua conclusão sobre o carregador conectado na parede (sem o smartphone): “Desligar obsessivamente o carregador é como socorrer o Titanic com uma colher de chá. Desligue-o, mas, por favor, tenha ciência de quão pequeno esse gesto é”.
Quando o aparelho está conectado e se mantém assim a noite toda, a situação muda um pouco de figura. O consumo aumenta, mas não o suficiente para causar preocupações. Caso ele fique conectado depois de atingir os 100% de carga – situação em que ele consome aproximadamente 2,4 W –, o montante gasto ao final de um ano não deve ultrapassar US$ 5,3 (aproximadamente R$ 14). Porém, multiplique isso pela quantidade de pessoas em uma casa e já podemos ter um valor considerável.
Pode explodir?
A respeito da possibilidade de o aparelho explodir quando conectado à tomada, MacKay é igualmente categórico em afirmar que a chance é muito pequena. Os aparelhos e carregadores modernos cortam boa parte da energia que corre entre os dispositivos depois que a carga está completa. Isso acaba evitando sobrecargas e outros problemas que podem prejudicar ambos.
E como já sabemos, o “efeito memória” nas baterias de íon de lítio (componente que integra as baterias de hoje) já não existe mais. Porém, todos os componentes (carregadores e baterias) têm um ciclo de vida que pode ser decrescido se deixarmos ambos conectados. No entanto, esse tempo, geralmente, é maior do que o período no qual o aparelho vai permanecer com a pessoa.
Salvando o dia
Apesar do baixo impacto de deixar o smartphone conectado a noite toda, ainda podemos afirmar que essa não é a solução ideal que concilia sustentabilidade e comodidade. No entanto, um aspecto que está chegando aos poucos nos dispositivos mais recentes pode representar a “salvação” para esses casos.
O carregamento rápido, recurso que já integra boa parte dos aparelhos recém-lançados, promete acabar com as longas horas de carregamento dos smartphones. Com a promessa de levar a carga de 0 a 50% em poucos minutos, a funcionalidade parece ser a opção para abandonarmos de uma vez por todas a prática de mantermos o celular conectado a noite toda.
Fonte: TecMundo
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