Aceita que dói menos

19 de dezembro de 2022, 15:46

*Por Gervásio Lima

Admitir uma realidade, sem fugir e sem negar, faz parte do comportamento dos fortes, dos verdadeiros vencedores. A aceitação é uma manifestação de bravura e de humildade, típico dos que consideram a derrota apenas como uma consequência e não como algo definitivo.

Resultados desfavoráveis, em muitos casos, servem de lições para se aprimorar comportamentos e, principalmente, como degrau para se alcançar o sucesso. O lamentar é justificável, não sendo, porém, uma regra de vida.

Como disse o artista marcial e filosofo,  Bruce Lee, “A derrota é um estado de espírito; ninguém é derrotado até a derrota ter sido aceita como uma realidade”.

É normal se sentir frustrado diante de um fracasso, mas se comportar como um fracassado diante de revés é atitude do fraco. Aceitar a realidade é um antídoto para o calunduzeiro. Não adianta espernear e chorar sobre o leite derramado.

Promover arruaças e instigar a violência usando como álibi a defesa do bem, além de ser ato criminoso é uma atitude demagógica, sobretudo porque o que se pleiteiam são vantagens próprias e interesses pessoais. Na verdade o ‘eu’ se sobrepõe ao ‘nós’.

Verdadeiros culateiros incitam em vez de orientar, transformando sujeitos em elementos com comportamentos (muitas vezes patéticos) condenáveis pelas leis e pela sociedade em geral.

Como massas de manobras, são incapazes de tomar decisões próprias, de discernir ou raciocinar sobre o que acredita que se está defendendo. Agindo como marionetes, perdem a oportunidade de contribuírem efetivamente. Como se o único som a ser escutado é aquele emitido por um berrante, insistem em protagonizar peças teatrais de todos os gêneros –  monólogo, comédia, drama, farsa, melodrama e outros mais.

“Caminhando contra o vento

Sem lenço, sem documento

No Sol de quase dezembro

Eu vou …” – Alegria, Alegria (Caetano Veloso)

*Jornalista e Historiador

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