A perigosa artificialidade da inteligência

21 de janeiro de 2025, 10:30

(Foto: Gervásio Lima)

*Por Gervásio Lima –

A disseminação das chamadas ‘informações rápidas’, sem sequer analisar seus conteúdos, se tornou uma prática de leitura onde o que menos importa é a veracidade. Numa espécie de fuxico dos tempos modernos, a preocupação em encaminhar mensagens, muitas vezes agressivas para o receptor, tem tornado as chamadas redes sociais (que de sociáveis não tem quase nada), em perigoso instrumento de manipulação e desinformação, onde ‘crias podem ser vítimas de criadores’ e vice versa.

A exposição de dados pessoais e até mesmo uma simples imagem, seja ela individual ou familiar, com amigos, no ambiente de trabalho ou outros, pode se tornar uma dor de cabeça, se usada por criminosos cibernéticos: aqueles que comentem crimes por meio da internet.

A Inteligência Artificial (IA), como qualquer outra tecnologia, se não usada para o bem, pode se transformar em poderosa arma letal. O objetivo geral da IA é desenvolver máquinas que possam operar com o mesmo nível de capacidade cognitiva dos humanos, ou até superá-los em certos casos, o que é bastante preocupante. Como, onde, para quê e para quem as máquinas realizarão tarefas antes exclusivas à inteligência humana?

Quanto mais aparecem novas tecnologias em um futuro vivido e vivenciado hoje, mais se recorre ao ontem, ao passado, onde os ensinamentos e as lições de vida eram capazes de fazer valer o respeito, principalmente aos semelhantes. No tempo em que virtudes como a generosidade, a solidariedade, a empatia e a compaixão partiam de um coração de verdade, capaz de sentir dores e se emocionar, as regras, de fato, eram seguidas.

No mais, temperança e dar tempo ao tempo. Enquanto isso, o melhor é aceitar que dói menos’.

*Jornalista e Historiador

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