Marca de móveis Etna troca palavra ‘criado-mudo’ por mesa de cabeceira (Vídeo)

26 de novembro de 2019, 13:30

(Foto: Reprodução/Facebook)

Você já parou pra pensar no significado e na origem da palavra criado-mudo? Se não pensou ainda, é hora de refletir. Também é bom saber que uma grande empresa do segmento, a Etna, fez isso e decidiu agir. Em nova campanha, a Etna anuncia o fim da palavra criado-mudo, considerada racista, em seus catálogos e site.

Em vídeo publicado em seu Facebook, os participantes, todos negros, leem uma carta contando a história da palavra racista. Depois de falar sobre a terrível história do termo, lançam a hashtag: #criadomudonuncamais. “A Etna está começando a abolir o termo criado-mudo de todas as suas lojas”, diz o vídeo. “Dois séculos depois, sem nos dar conta, ainda carregamos termos racistas como esse, mas sabemos que é sempre tempo de mudar e evoluir.”

No site da marca, a palavra criado-mudo já foi substituída por mesa de cabeceira. O DecorStyle apoia a ação e já havia começado a trocar o termo por mesa, mesinha, mesa de apoio ou mesa de cabeceira.

© Fornecido por Decor Style

Origem da palavra criado-mudo

A marca resgatou a origem do termo em vídeo publicado em seu Facebook. Os negros que participam do vídeo tiram uma carta do móvel e leem: “em 1820, os escravos que faziam os serviços domésticos eram chamados de criados. Alguns desses homens e mulheres passavam dia e noite imóveis ao lado da cama com um copo d’água, roupas ou o que mais fosse”.

“Porém, alguns senhores achavam incômodo o fato de eles falarem, e muitos chegavam a perder a língua. Outros sofreram duras punições para “aprender” a nunca se mexer quando houvesse alguém dormindo.”

“Um dia, surgiu a ideia de uma pequena mesinha para ficar ao lado da cama, usada basicamente para apoiar objetos. Esse móvel exercia a mesma função do escravo doméstico e foi chamado de criado. Então, para não confundir os dois, passaram a chamar o móvel de criado-mudo.”

Ao fim da história, os participantes do vídeo comentam: “história pesada, hein?”, “fiquei chocada”e “nunca iria imaginar que era referente aos escravos” foram alguns deles.

Confira o vídeo na íntegra:

 

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