Tuka Rocha, com longa passagem pela Stock Car, não resistiu aos ferimentos sofridos durante acidente aéreo no sul da Bahia, em Maraú. Atendido com 80% do corpo queimado e complicações pulmonares, o piloto de 36 anos morreu neste domingo (17) em Salvador.
A notícia foi confirmada nesta manhã pela Secretaria de Saúde da Bahia.
A morte é um choque após informações que indicavam um cenário melhor do que o inicialmente previsto. As queimaduras, apesar de muitas, eram superficiais. A cirurgia, realizada na madrugada de quinta-feira para sexta-feira, foi bem sucedida. O quadro pulmonar, entretanto, seguia exigindo cautela da equipe médica do Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.
Houve também uma segunda cirurgia no dia seguinte limpar tórax e pernas do piloto. Entretanto, a situação já era descrita como “complexa”, com uma reação podendo demorar dias para acontecer.
Rocha, assim, é a terceira morte confirmada no acidente aéreo de Maraú. As outras vítimas são Marcela Elias e Maysa Mussi.
Entenda o acidente aéreo
O acidente aéreo aconteceu em Maraú, cidade localizada no sul da Bahia, na tarde de 14 de novembro. Tuka Rocha era um dos dez integrantes da aeronave que caiu durante o pouso na pista do resort Kiaroa Eco-Luxury Resort, em Barra Grande.
A prefeitura local informou que o acidente deu-se após às 14h e que uma vítima fatal já pôde ser confirmada, uma mulher. As outras nove pessoas – incluso um garoto – conseguiram sair da aeronave antes que o fogo a consumisse e têm ferimentos graves e queimaduras. Não foi confirmada a identidade de nenhum dos ocupantes. A polícia civil já atua no caso para investigar o motivo da queda do avião.
Nas redes sociais, Rocha chegou a colocar uma foto confirmando que estava em uma aeronave e com uma criança. De acordo com informações da prefeitura local, as queimaduras atingem 80% do corpo do piloto.
A aeronave que caiu era de José João Abdalla, 74 anos, dono do Banco Clássico. Ele não estava a bordo do jatinho.
Quem é Tuka Rocha?
Tuka Rocha, 36 anos, está ausente do grid da Stock Car, principal categoria que disputou na carreira, desde o meio de 2018. Em julho do ano passado, o piloto perdeu patrocinador e deixou a Vogal, sendo substituído por Guga Lima.
O sumiço de seu patrocinador, aliás, foi um caso à parte: Hélio Caxias Ribeiro Filho, dono da empresa Híbridos, que atuava com marketing multinível em criptomoedas, desapareceu em 5 de abril de 2018.
Ele disputava a categoria desde 2011, com passagens anteriores pela própria Vogel BMC, RZ e RCM. Seu melhor resultado foi em 2013, com o 16° lugar na classificaão geral. Em 2015, conquistou uma vitória.
No ano de estreia, Rocha passou por acidente grave: na etapa do Rio de Janeiro, em Jacarepaguá, no dia 3 de julho, um incêndio consumiu seu carro. Ele precisou se atirar do carro, mas saiu sem queimaduras.
Antes de entrar na principal categoria nacional, o piloto passou pela F3 Sul-Americana, WS Nissan, F3 Britânica, F3000 Euro, A1GP, Euro 3000, F3000 Italiana e Superliga.