Manchas de óleo que atingem o Nordeste chegam ao litoral da Bahia
04 de outubro de 2019, 18:33
(Foto: Reprodução)
As manchas de óleo que atingem o mar no Nordeste chegaram ao litoral norte da Bahia, na quinta-feira (3), segundo informações divulgadas pelo Projeto Tamar, que atua na preservação de espécies marinhas em extinção região. De acordo com o biólogo João Arthur, que atua no projeto, há ao menos dois pontos de contaminação. Um deles fica no povoado de Mangue Seco, na cidade de Jandaíra. O outro está na localidade de Siribinha, no município de Conde.
Ainda não há detalhes sobre o tamanho da área afetada e nem de perda de espécies na região. O G1 entrou em contato com o Instituto do Meio-Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), que informou que técnicos estão a caminho do local.
A reportagem também procurou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.
As manchas começaram a aparecer no início de setembro. Até o último balanço do Ibama, divulgado na quinta-feira, a Bahia era o único estado sem contaminação na região. A lista aponta 124 localidades atingidas. Ao todo, 59 municípios foram afetados em 8 estados.
O maior aumento foi no estado de Sergipe: no último balanço, apenas 4 praias no estado haviam sido atingidas. Na quinta-feira, eram 10.
Dentre as 124 praias afetadas em todo o Nordeste desde o início de setembro, 10 estão em processo de limpeza, 70 ainda tem manchas visíveis e 44 já estão livres da substância na areia.
Pelo menos 12 animais foram atingidos pelo óleo – nove tartarugas e uma ave foram encontradas mortas ou morreram após o resgate.
Uma investigação do Ibama aponta que as manchas são de petróleo puro e que todas as amostras têm a mesma origem, mas ainda não é possível afirmar de onde ele veio. Em nota, a Petrobras afirma que o material não é produzido pela companhia.
A suspeita é que o petróleo tenha vindo de navios que passam pela região, segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), que está analisando imagens de satélite da costa.
A pesquisa, no entanto, ainda está em estágio inicial.
(G1/BA)
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