Afinal, devemos retirar o bolor da comida e aproveitar o resto?

04 de outubro de 2019, 06:56

Não mata, mas... (Foto: Reprodução)

Apresença de bolor nos alimentos é um dos sinais da sua deterioração. Porém, na tentativa de evitar o desperdício alimentar, há quem opte por remover a parcela bolorenta e consumir o resto. Mas, ainda que o bolor aparente estar apenas na superfície, as suas raízes podem estar no interior dos alimentos, o que faz com que a remoção da parte visível não seja suficiente para extrair a parte infectada.

Segundo o gastroenterologista norte-americano Rudolph Bedford, apesar de algumas substâncias produzidas pelo bolor poderem ser prejudiciais para a saúde – como as micotoxinas – estas não são fatais e podem ser digeridas “como qualquer outro alimento”, explicou à revista Women’s Health. Já a aflatoxina, produzida por bolores, é uma substância cancerígena perigosa.

E como é melhor prevenir do que remediar, o mais seguro é descartar os alimentos bolorentos no lixo.

Queijo: um caso relativo

Entre os alimentos mais propensos a ganhar bolor encontra-se o queijo, um favorito das casas e restaurantes do país. Os queijos produzidos com o auxílio de fungos – como o Roquefort, Gorgonzola e Camembert – estão próprios para consumo. No caso dos queijos curados e dos queijos considerados duros e semi-duros – como o parmesão ou o queijo suíço – basta retirar a camada de bolor visível e pode comer o restante.

O mesmo não acontece com as variedades consideradas suaves – como o cottage, a ricotta e os queijos cremosos – que não devem ser consumidos caso contenham bolor. 

Bolor no pão e fruta

No que diz respeito ao pão e as frutas, o mais seguro é mesmo jogar fora os alimentos infectados. Isto porque o pão é muito poroso, o que se traduz numa maior liberdade para o bolor se alastrar. O mesmo acontece nas frutas de casca fina, como morangos, uvas, maçãs, peras, pêssegos e ameixas.

Boas Festas!

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