Astrónomos descobrem planeta gigante que “não deveria existir”

29 de setembro de 2019, 08:26

(Foto: TWITTER UNIVERSITÄT BERN - @UNIBERN)

O planeta orbita uma estrela pequena e a “desproporção entre tamanhos desafia as teorias sobre a formação dos planetas”.

Um planeta de enormes dimensões – cuja existência anteriormente era extremamente improvável – foi descoberto a orbitar um estrela de tamanho muito reduzido. De acordo com os astrónomos, este planeta “não deveria existir”, porque contraria as teorias atualmente conhecidas.

Este novo globo descoberto é semelhante a Júpiter e as suas dimensões são “extraordinariamente grande em comparação à sua estrela anfitriã”, contradizendo a ideia atual que era aceite pelos cientistas sobre o modo como os planetas se formam.

Os cientistas não esperavam ver este planeta a orbitar uma estrela tão pequena, porque as teorias atuais sobre a formação dos planetas sugerem que as pequenas estrelas dão origem a pequenos planetas e estrelas maiores dão origem a planetas maiores.

“Não se pensava que existissem tais planetas enormes em redor de estrelas tão pequenas”, afirma Daniel Bayliss da Universidade de Warwick.

“Acho que a impressão geral foi de que esses planetas simplesmente não existiam, mas não podíamos ter a certeza porque as estrelas pequenas são muito fracas, o que as torna difíceis de estudar, mesmo que sejam estrelas muito mais comuns do que as estrelas como o Sol”, disse o cientista Peter Wheatley à BBC News.

De acordo com a BBC, uma equipe internacional de astrónomos disse à revista Science que “é emocionante, porque nos questionamos há muito tempo se os planetas gigantes como Júpiter e Saturno se poderiam formar em torno de estrelas tão pequenas”, disse o professor Peter Wheatley, da Universidade de Warwick, Reino Unido, que não participou neste estudo mais recente.

A estrela, que fica a 284 trilhões de quilómetros de distância, é uma anã vermelha do tipo M – o tipo mais comum na nossa galáxia.

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