Jacobina, é preciso ressignificar e ordenar as novas e antigas áreas comerciais
24 de setembro de 2019, 20:50
O Mercado Municipal de Jacobina, o 'Mercado Velho', tem passado despercebido pelas administrações municipal (Foto: Notícia Limpa)
Com o aumento do número de desemprego no Brasil, muitos trabalhadores têm procurado a sobrevivência financeira no trabalho informal. É cada vez maior o número de pessoas se virando com ‘bicos’, prestando serviços ou vendendo mercadorias nas ruas ou pela internet. As calçadas estão cheias de ambulantes e invasões de barracas nos centros comerciais tomaram conta na maioria das cidades brasileiras.
Em Jacobina não é diferente, aumentou consideravelmente a quantidade de pessoas que vivem na informalidade. Basta fazer uma visita nas principais áreas comerciais da cidade para encontrar inúmeras opções de produtos sendo comercializados por trabalhadores que não contam com vínculo empregatício que garanta um salário fixo mensal.
O que aumentou também em Jacobina foi a quantidade de barracas e food trucks comercializando alimentos e bebidas. Este tipo de atividade começou timidamente no espaço conhecido como Sambódromo, numa laje construída sobre o Rio do Ouro, na Praça Castro Alves, e hoje já é possível encontrar em diversos locais da cidade.
Além de alimentação, cresceu o número de prestadores de serviços, como chaveiros, em parte da calçada que margeia o Rio Itapicuru Mirim, nas proximidades da Ponte Manoel Novaes, na Avenida Orlando Oliveira Pires. Informações dão conta que todos os estabelecimentos que ocupam o Sambódromo serão relocados para as imediações do Mercado Municipal (Mercado Velho), onde será construída uma ‘Praça de Alimentação’.
Na terça-feira (24), às 16 horas, a ‘Casa de Informações Turísticas’, localizada na entrada da cidade, se encontrava fechada
A preocupação dos que ainda sonham com uma política efetiva do turismo na cidade é com a sua apresentação, principalmente com a padronização dos seus serviços. Tem si cobrado, por exemplo, um programa de ordenamento no Mercado Velho, preservando a sua arquitetura e adequando seu interior e o seu entorno com intervenções que possam proporcionar bem estar para as pessoas que o exploram comercialmente e visitantes.
A ‘favelização’ com a falta de padrão dos estabelecimentos comerciais na beira do Rio Itapicuru Mirim é uma das preocupações de parte da população de Jacobina
A falta de padronização dos novos e antigos estabelecimentos comerciais que estão sendo instalados em diversos pontos da cidade tem sido motivo de reclamação por apresentar poluição visual, principalmente para quem entra na cidade através BR 324, sentido de Capim Grosso.
Um projeto de ordenamento irá humanizar e enobrecer as áreas antes consideradas desvalorizadas. Quanto ao Mercado Municipal, além da necessária humanização, sem descaracterizar a sua estética, seria um reconhecimento à sua importância histórica. Com um processo de revitalização os espaços urbanos irão, inevitavelmente, se ressignificar e consequentemente, valorizar.
Boas Festas!