Cautela e caldo de galinha não fazem mal à ninguém
30 de agosto de 2018, 17:13
(Foto: Reprodução)
Por *Gervásio Lima –
A capacidade de imaginação do ser humano é uma das principais características da inteligência da espécie. Chega a ser instigante e intrigante o poder de criação das pessoas, em todas as áreas do conhecimento. Mentes brilhantes contribuíram, têm contribuído e contribuirão para importantes transformações em todo o mundo, tanto do ponto de vista material quanto o imaterial, ajudando ou prejudicando os viventes.
Infelizmente são mais facilmente encontrados os chamados ‘mentes diabólicas’, que usam a inteligência para fazer ou promover o mal, com o propósito único de causar discórdia e a cólera, para como num sentimento de orgasmo sentir excitação do espírito pelas ríspidas e maléficas atitudes; de que os que procuram socializar os conhecimentos com o objetivo de ganhos coletivos. Uma sociedade justa está cada vez mais distante dos que buscam incessantemente o real e o verdadeiro conceito de vida, mesmo tendo provas e a certeza que o mal não vencerá o bem.
A boa e salutar disputa quando o mérito leva o melhor à vitória se confunde com o conflito, onde geralmente está em jogo a discussão, o choque e o enfrentamento nem sempre amigável entre as partes. As competições viraram sinônimo de confusões envolvendo os competidores e seus apoiadores, esses, na política, conhecidos carinhosamente por asseclas ou bajuladores. Geralmente o egoísmo e a vaidade predominam nas defesas das partes, enquanto a opinião e a razão são desprezadas ou ignoradas, muitas vezes sem direito de defesa.
O verdadeiro líder é aquele que respeita as diferenças e seus adversários, promovendo harmonia e buscando o consenso, para assim conquistar a confiança e ter o poder de influenciar o pensamento e o comportamento de outros indivíduos. Liderança não se compra e, para a infelicidade dos que desejam de qualquer maneira alcançar tal posição, também não se consegue com inverdades e perseguições, mesmo contra seus algozes.
O Brasil vive e respira mais um período eleitoral, momento democraticamente criado para a escolha dos seus representantes nos executivos e legislativos estadual e nacional. Foi dada a largada para a corrida mais importante do país; entre os competidores estão os candidatos a deputado, senador, governador e presidente da República. Já na torcida, no ‘corpo técnico’ e nos bastidores estão os eleitores como os principais protagonistas. A partir de agora é preciso muito cuidado na interpretação no que ouvir, ver ou ler, pois os persuasores de plantão estão travestidos de ‘bons samaritanos’ e de má fé podem induzir os incautos.
Aventurar ou atirar no escuro podem não ser a solução de problemas, ao contrário, servirão apenas como contribuições para a ampliação dos mesmos. A emoção, por mais marcante que seja, não pode jamais transpor a razão. Um erro não justifica o outro, por tanto se faz necessário muito cuidado pois cautela e caldo de galinha não fazem mal à ninguém.
Gervásio Lima.
Jornalista e historiador.
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