Uma nova pesquisa do IPEX (Instituto de Pesquisas e Estratégias de Comunicação), realizada entre os dias 7 e 9 de outubro em Feira de Santana, acendeu um alerta vermelho no grupo carlista. O levantamento, feito com 911 entrevistados, revela que Jerônimo Rodrigues (PT) ultrapassou ACM Neto (União Brasil) nas intenções de voto para o Governo da Bahia — um feito inédito em um dos principais redutos políticos do ex-prefeito de Salvador.

De acordo com os números, Jerônimo aparece com 34,4% das intenções de voto, enquanto ACM Neto marca 32,6%. João Roma (PL) surge em terceiro lugar, com 7,3%, seguido por indecisos (11,2%), nulos (9,4%) e não souberam responder (5,1%). A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa foi realizada com 65,3% das entrevistas na sede e 34,7% nos distritos — entre eles, Humildes, Matinha e São José. Na zona urbana, o levantamento abrangeu localidades como Feira X, Queimadinha, Rua Nova, George Américo, Tomba, Campo Limpo, CASEB e Santa Mônica.

O resultado mostra uma inversão simbólica e política de peso: Feira de Santana, tradicionalmente considerada “terra carlista”, hoje aponta vantagem para o candidato petista.

“É o retrato de uma mudança silenciosa no eleitorado feirense. O domínio histórico do carlismo começa a dar sinais de desgaste”, avalia um analista ouvido pelo Rota da Informação.

Disputa para o Congresso e Assembleia também chama atenção

Para deputado federal, o petista Zé Neto mantém a liderança isolada com 23,2%, seguido de Pablo Roberto (17,4%), Zé Chico (7,3%), Roberta Roma (4,1%) e Deyvid Bacelar (2,9%). Entre os entrevistados, 39,4% disseram não saber em quem votar — um número que revela ainda um cenário em aberto.

Na corrida por uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Binho Galinha aparece na frente com 24,1%, seguido de Tom (8,2%), Luiz da Feira (4,3%), João de Furão (2,1%), Tiago Gilleno (2,1%), José de Arimateia (1,9%), Ângelo Almeida (1,3%), Robson Almeida (1,1%), Silvio Dias (1,1%) e Silva Neto (1,1%).

Os números reforçam o que já se comenta nos bastidores: Feira de Santana vive uma reconfiguração política, e o carlismo pode estar perdendo o trono em seu principal reduto.

Se o cenário se confirmar nas urnas de 2026, Jerônimo Rodrigues poderá consolidar o rompimento de um ciclo de décadas, em que o nome “ACM” era sinônimo de vitória na Princesa do Sertão.

Fonte: Rota da Informação