Robinson sugere ao MP que investigue Bruno Reis pela ‘farra das bolsas de estudo

08 de outubro de 2025, 16:55

Deputado estadual Robinson Almeida (Foto: Reprodução)

O deputado estadual Robinson Almeida elogiou o Ministério Público da Bahia por investigar a “farra das bolsas de estudo” na Prefeitura de Salvador e defendeu que o órgão amplie o escopo das apurações para incluir o prefeito Bruno Reis entre os investigados.

Ele cobrou transparência sobre o doutorado que o prefeito iniciou no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília. “Afinal, quem está pagando esse curso? O povo tem o direito de saber se o prefeito também está sendo bancado com dinheiro público. Se não deve, que venha a público e esclareça”, afirmou o parlamentar.

Para Robinson, o caso simboliza uma gestão voltada ao favorecimento e à autopromoção. “É o mesmo modelo herdado de ACM Neto: os amigos no topo, os servidores na fila e a cidade no abandono; o MP está fazendo o que a Prefeitura não faz: cuidar da moralidade e do respeito ao contribuinte”.

O MP-BA instaurou um procedimento administrativo para apurar o custeio de cursos de pós-graduação pela Prefeitura de Salvador destinados a agentes políticos e servidores não concursados. A decisão, publicada no início da semana, será conduzida pelo 3º promotor de Justiça de Proteção da Moralidade Administrativa e do Patrimônio Público, Pablo Almeida, responsável por fiscalizar o uso dos recursos municipais nesses benefícios educacionais.

A investigação foi motivada pela tentativa da secretária da Fazenda, Giovanna Victer, de custear com recursos da própria pasta um doutorado profissional em Administração Pública, avaliado em mais de R$ 183 mil — autorização barrada pela Justiça da Bahia. “É um escândalo! O soteropolitano paga uma das taxas de IPTU mais injustas do Brasil para financiar o doutorado da secretária. É imoral e precisa ser punido”, criticou o deputado.

O petista também citou o caso da vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), titular da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), que teve autorizado o pagamento de um curso de doutorado pela Fundação Dom Cabral, no valor de R$ 203 mil, sem licitação — fato revelado pela Folha de S.Paulo. “Enquanto o trabalhador faz vaquinha para pagar a própria faculdade, tem secretário e vice-prefeita fazendo doutorado com o dinheiro do povo”.

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