Apolo ou Tupã? A escolha é individual
08 de abril de 2025, 11:45

(Foto: Gervásio Lima)
*Por Gervásio Lima –
Uma das maiores e mais discrepantes inversão de valores que se tem conhecimento é a de o mal sobrepor o bem. Ferir e até mesmo exterminar, em situações mais extremas, têm sido uma prática quase que normalizada pelos que desprezam a divergência.
A imposição de ideias está virando regra e caminha a passos largos, lado a lado com a intolerância, numa brutal e perigosa busca por um ideal egoísta e subserviente. Como nas mitologias gregas e indígenas, vive-se um momento onde existe um deus para cada situação, numa verdadeira disputa de crenças, com a intransigência obtendo cada vez mais destaque.
Defender o indefensável está na moda. Blasfêmias, ofensas, insultos, afrontas e desacatos são utilizados com frequência para justificar barbáries sociais e jurídicas. Vale aquilo que disseram ou praticam, menos as observações pessoais.
A adesão cega a determinado sistema ou doutrina tem demonstrado historicamente que as consequências são danosas, provocando mais horrores que afeições. Para aceitar, compreender e respeitar opiniões divergentes, não precisa de uma ponte ou de um carteiro, mas entender que a política da boa vizinhança depende de atitudes próprias.
Se aceitar os deuses da ancestralidade como símbolo dos anseios e dos temores for a saída, que se cultue Apolo, uma divindade da mitologia grega que representa, entre outras coisas, a ordem e a justiça; ou o deus Tupã, segundo a mitologia indígena, criador dos céus, da terra e dos mares. O grande “Espírito do Trovão”, que deu origem à vida. O primeiro representa a paz, enquanto o outro ensina a viver.
A escolha é individual.
“Sabe o que eu queria agora, meu bem?
Sair, chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também” – Onde Deus possa me ouvir – Vander Lee
*Jornalista e Historiador
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