Caranguejo é quem anda para trás; será?
03 de janeiro de 2025, 16:18

(Foto: Gervásio Lima)
*Por Gervásio Lima –
Ao contrário da virada de ano, em determinadas situações vai se o novo e volta o velho, e consigo vários agravantes como os maus comportamentos, as perseguições, a arrogância e a presunção vêm juntos. O adágio popular onde diz que, ‘se não prestou, substitui’ tem sua teoria perdido forças. Muitos que foram ‘tirados’ por não condizerem com o que se esperava por uma maioria têm conseguido feitos antes considerados impossíveis ou improváveis e retornam à cena.
Vai que numa espécie de carrancismo, misturado com revanchismo e uma grande porção de vaidade o ano de 2025 resolve retroceder mais de uma década e querer ser por pura birra o ano de 2008, olha a confusão dos diachos que seria. Quem já viu o novo querer ser o velho? A evolução das coisas, principalmente do mundo não permitiria tal déjà vu .
Ledo engano, a evolução é construída de reminiscências, mesmo estas tendo agradado apenas a ‘troianos’ (não confunda com tiranos). Se apegar ao passado como forma de aprendizado, filtrando aquilo que foi positivo é uma virtude, mas ressuscitar o que em algum momento foi reprovado beira ao masoquismo.
Um trecho de uma música do chamado forró eletrônico, ‘caranguejo é quem anda para trás e quem vive de passado é museu’, aborda a temática de superação, sugerindo que se deve seguir em frente e não olhar para trás. Na teoria este conselho é excepcional, mas não se aplica à unanimidade, contrariando os que acreditam, como o saudoso cantor Belchior, ‘que o novo sempre vem’.
Como já dizia Ariano Suassuna, “O otimista é um tolo. O pessimista um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso”.
Vida que segue…
*Jornalista e Historiador
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