História, relações internacionais e mais: quais são os cursos com mais formados sem emprego
24 de setembro de 2024, 07:48
(Foto: Reprodução)
Pesquisa mostra as graduações que apresentam o maior percentual de egressos do ensino superior que ainda não conseguiram emprego
Um a cada três alunos formados nos cursos de história, relações internacionais e serviço social está desempregado no Brasil, segundo dados da 4ª Pesquisa de Empregabilidade, realizada pelo Instituto Semesp.
O levantamento, que acompanha indicadores relacionados a trabalho, renda e planejamento de carreira, foi feito de 9 de agosto a 1º de setembro deste ano com egressos do ensino superior da rede pública e da rede privada, de todos os estados do País. No total, 5.681 formados responderam aos questionários.
Veja a seguir as 10 graduações que apresentam o maior percentual de egressos que não exercem atividade remunerada:
1º História (31,6% de desempregados);
2º Relações internacionais (29,4%);
3º Serviço social (28,6%);
4º Radiologia (27,8%);
5º Enfermagem (24,5%);
6º Química (22,2%);
7º Nutrição (22%);
8º Logística (18,9%);
9º Agronomia (18,2%);
10º Estética e cosmética (17,5%).
Egressos com atividade remunerada
Dos entrevistados, 87,3% responderam que estão trabalhando no momento. Desses, quase 69,3% atuam na área de formação, 25,9% em área diferente e 4,7% ocupam cargo que não exige nível superior.
A pesquisa também aponta quais são os cursos com maior percentual de egressos que trabalham na área de formação. Os cursos de saúde e relacionados a informática, como medicina, farmácia, odontologia e gestão de TI, lideram a lista. Confira:
1º Medicina (92% trabalham na área de formação);
2º Farmácia (80,4%);
3º Odontologia (78,8%);
4º Gestão da tecnologia da informação (78,4%);
5º Ciência da computação (76,7%);
6º Medicina veterinária (76,6%);
7º Design (75%);
8º Relações públicas (75%);
9º Arquitetura e urbanismo (74,6%);
10º Publicidade e propaganda (73,5%).
Trabalham fora da área de formação
O levantamento ainda mostra que engenharia química, relações internacionais e radiologia são os cursos com maior percentual de formados que trabalham em uma área diferente da estudada. Veja o ranking:
1º Engenharia química (55,2% trabalham em outra área);
2º Relações internacionais (52,9%);
3º Radiologia (44,4%);
4º Engenharia de produção (42,4%);
5º Processos gerenciais (41,2%);
6º Gestão de pessoas/RH (40,5%);
7º Jornalismo (40,4%);
8º Biologia (40,0%);
9º Química (38,9%);
10º História (36,8%).
Engenharia Química, Relações Internacionais e Radiologia são os cursos com maior percentual de formados que trabalham em uma área diferente da de formação.
Remuneração
Dos egressos que estão empregados, 50,7% recebem entre R$ 3 mil e R$ 10 mil mensais, de acordo com o levantamento. O valor médio da renda mensal bruta ficou em R$ 4.640.
Confira outros dados sobre a remuneração dos entrevistados:
6,3% dos egressos que estudaram até a graduação e exercem atividade remunerada atualmente recebem de R$ 10 mil ou mais por mês. Considerando os formados com pós-graduação, esse percentual salta para 15,9%;
Egressos com pós-graduação recebem, em média, 44% a mais do que aqueles com apenas a graduação;
Os egressos que têm até a graduação e trabalham na área de formação recebem, em média, 27,5% a mais que aqueles que trabalham em uma área diferente da estudada na faculdade;
O valor médio da renda mensal bruta de quem trabalha na área de formação é de R$ 4.494. Já de quem trabalha em outra área é de R$ 3.523;
Os egressos de cursos presenciais recebem, em média, 22,9% a mais que os egressos de cursos de educação à distância (EAD). Em média, egressos de cursos presenciais recebem R$ 4.204, ante R$ 3.422 dos egressos de cursos EAD.
Dificuldades dos egressos
A pesquisa ainda traz informações sobre quais são as principais dificuldades enfrentadas para conseguir exercer uma atividade remunerada após a conclusão do curso. A falta de experiência na área foi o principal fator apontado pelos entrevistados. Veja os resultados:
Falta de experiência na área: 39,9%;
Salários baixos: 24,1%;
Falta de vagas da minha área: 19,5%;
Já trabalhava e não procurei novas oportunidades: 15%;
Adaptação à nova rotina: 13,8%;
Networking: 10,4%;
Falta de conhecimento para começar um negócio próprio: 10,1%;
Falta de vagas em qualquer área: 6,8%;
Nenhuma dificuldade: 9,5%;
Outra: 1,8%.
Redação Terra
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