Permanecer nos erros é retrocesso

19 de setembro de 2024, 13:25

(Foto: Gervásio Lima)

*Por Gervásio Lima –

Exercer a cidadania é conhecer direitos e obrigações, mas para garantir que esses sejam colocados em prática é preciso ir além das disposições da Constituição Federal. Sua aplicabilidade inicia-se com o uso da racionalidade, da capacidade de questionar e analisar de forma inteligente o que acontece em seu entorno, buscando sempre informações antes de tirar conclusões.

Ao contrário do que remete, o senso crítico não se resume em criticar por criticar; é um dos principais artifícios para se conhecer algo minuciosamente antes de se emitir um conceito antecipado, o preconceito.

O ser humano possui a incrível capacidade de pensar criticamente, o que lhe permite olhar e analisar as coisas objetivamente. Partindo desse princípio, é espantoso saber que existem os que mesmo conhecendo e até mesmo tendo sido vítimas de algo ou alguém, insistem em permanecer nos erros e na dor.

Nada adianta ter senso crítico, ser racional, e na oportunidade que tem de aplicá-los, ir de encontro a princípios básicos, como o de permanecer no erro ou de errar novamente. O que não foi bom e o que é ruim precisam ser descartados e isolados.

Neste sentido, a democracia é mais que um regime político, é uma das melhores definições para a liberdade coletiva de pensamento e de escolha, quando a soberania é exercida pelo povo.

Mesmo com o grande fluxo de estímulos, coerentes e incoerentes, que se recebe no período eleitoral, é possível filtrar e escolher as informações com base em fatos e razões, de maneira lógica e coerente. Daí a importância da seleção e da atenção aos argumentos fundamentados. 

Existem momentos que nunca serão esquecidos, entre os principais estão aqueles em que se acerta e os em que se erra, e as consequências a que os mesmos remetem.

Errar duas vezes é o cúmulo da ingenuidade.

*Jornalista e Historiador

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