Jacobina: em se candidatando, sempre enganarás
15 de julho de 2024, 11:04
*Por Américo Júnior –
No multiverso da parasitária política local, eis que surgem os defensores do Estado mínimo tentando cooptar os que vivem do Estado em sua plenitude.
É lamentável observar o quanto o recente contexto político local não nos trás boas perspectivas de escolhas.
São quase 30 anos de gestões descomprometidas com o progresso coletivo e totalmente desconectadas do verdadeiro significado da “política”, e os candidatos que surgem nos intervalos entre campanhas, defendem as mesmas ideias, ou pensam da mesma forma. ( Não estou me referindo ao caráter, mas sim ao pensar político).
Todos que surgiram no período citado incorreram no mesmo erro do reducionismo na prática política.
Administraram pensando no “hoje”, e não em uma perspectiva mais longeva, onde estariam inseridos os direitos dos munícipes e a evolução da própria cidade que é uma referência na microrregião.
Basta observar que os municípios pertencentes a esta região num raio de mais ou menos 200km, evoluíram desde a virada do século, e Jacobina continuou estagnada, presa às vaidades e delírios de seus próprios filhos ( logo de quem deveria zelar por ela, mas como dizem que santo de casa não faz milagres). Para corroborar esta afirmação, tivemos um deles impedido judicialmente de se candidatar durante oito anos.
Alguns postulantes que surgem, parecem naturalizar estas práticas, tratando estas figuras como referências no “pensar político”.
Outro ponto em comum é o simplismo em torno do contexto político nacional, quando todos, exceto o atual gestor, apoiaram um candidato a presidência que até uma adolescente de 15 anos conhecia a sua vida pregressa na política, tudo isso em nome de defender uma narrativa que tinha a intenção, e provou-se depois, de criminalizar um pensar político defensor de pautas consideradas em desacordo com o lema fascista de “Deus pátria e família”.
O roteirista de Jacobina não brinca em serviço.
*Historiador e Jacobinense
Boas Festas!