PF prende policiais militares suspeitos de vender armas para facções nos estados da Bahia e Pernambuco

21 de maio de 2024, 11:17

Força-tarefa da Polícia Federal também cumpre 33 mandados de busca e apreensão (Foto: Reprodução/Polícia Federal)

A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Fogo Amigo na manhã desta terça-feira, 21, para desarticular uma organização criminosa formada por policiais militares dos estados da Bahia e Pernambuco.

Além dos PMs, CACs (sigla para Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e lojistas que atuavam na venda de armas e munições ilegais para facções criminosas em estados do Nordeste também são alvos da operação.

Ao todo, 20 mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão são cumpridos nos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas. Na operação, foi determinado o sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados, além da suspensão da atividade econômica de três lojas que comercializavam material bélico de forma irregular.

A operação acontece em uma ação integrada entre 320 agentes da PF, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) Norte, do Ministério Público da Bahia, e também com o Exército Brasileiro. O Exército esteve em outras lojas que comercializam armas, munições e acessórios controlados nos municípios de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE).

Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, cujas as penas somadas podem chegar a 35 anos de reclusão.

A Polícia Federal continuará as investigações porque, de acordo com o órgão, o tamanho da suposta organização criminosa pode ser ainda maior.

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