Relógio do Juízo Final se aproxima da meia-noite e mundo fica mais perto do apocalipse, alertam cientistas

24 de janeiro de 2024, 09:32

O relógio simbólico foi ajustado para 90 segundos para a meia-noite em grande parte por causa da guerra na Ucrânia (Foto: Reprodução)

O Relógio do Juízo Final, uma iniciativa que visa alertar a humanidade sobre os maiores perigos que existem, está ainda mais perto da meia-noite, o que deixaria o mundo perto de uma catástrofe.

O relógio está marcando 90 segundos para a meia-noite.

A entidade sem fins lucrativos Bulletin of the Atomic Scientists (BAS), que administra o relógio, disse que a mudança foi feita, em grande parte, por causa da guerra na Ucrânia.

A ideia do relógio começou em 1947 para alertar a humanidade sobre os perigos de uma guerra nuclear.

Os ponteiros do relógio se aproximam ou se afastam da meia-noite com base na leitura que os cientistas fazem das ameaças existenciais em um determinado momento. A meia-noite marca o ponto teórico em que a humanidade seria extinta.

A decisão é tomada pelo conselho de ciência e segurança da BAS, que inclui 13 ganhadores do Prêmio Nobel. Este ano, o anúncio foi disponibilizado em ucraniano e russo, além do inglês, devido à guerra na Ucrânia.

O conselho afirmou que a guerra levantou questões profundas sobre como as nações interagem e mostrou uma aparente decadência da conduta internacional.

“As ameaças veladas da Rússia de usar armas nucleares são um lembrete ao mundo de que a escalada do conflito — seja por acidente, intenção ou erro de cálculo — é um risco terrível”, afirma o comunicado.

No boletim deste ano, eles também citam mudanças climáticas, ameaças biológicas e tecnologias disruptivas.

“Os efeitos da guerra não estão restritos só a um aumento do perigo nuclear; eles também minam os esforços globais para combater as mudanças climáticas”, disse o comunicado.

Os países dependentes do petróleo e gás russos já buscaram outros fornecedores de gás natural.

O conselho afirma que os líderes mundiais precisarão continuar identificando os riscos biológicos — seja a origem natural, acidental ou intencional — já que o mundo continua sofrendo com as consequências da covid.

Uma pandemia, afirma o conselho, não é mais um risco raro.

Em 2020, os ponteiros do relógio haviam sido movidos para mais perto da meia-noite em 100 segundos. Nos anos seguintes, em 2021 e 2022, os ponteiros do relógio ficaram no mesmo lugar.

O mais distante que os ponteiros do relógio já estiveram foi logo após o fim da Guerra Fria — a 17 minutos da meia-noite.

Rachel Bronson, CEO do Bulletin of the Atomic Scientists, disse que embora os humanos criem as ameaças que podem levar à extinção, os próprios humanos podem reduzir os riscos ao se engajarem em soluções.

Terra/BBC News

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