5 coisas que todos pensavam estar na Bíblia, mas não estão
12 de janeiro de 2024, 11:21
Na Bíblia, por exemplo, é possível aprender tudo o que é considerado pecado. Aliás, o livro sagrado do Cristianismo reúne uma série de ensinamentos e de regras que são seguidos e estudados pelos seguidores das religiões cristãs (Foto: Reprodução)
Na época de Natal, muitos religiosos adoram montar seus presépios exibindo o menino Jesus em um estábulo rodeado por Maria, José, pastores, animais e os três Reis Magos. Até aí tudo certo, mas o que há de errado com essa cena? Bom, o que muitas pessoas talvez não saibam, é que os três Reis Magos não estão presente na Bíblia.
Esse é um claro exemplo de tradições cristãs que não estão mencionadas no Livro Sagrado da religião. E para a surpresa de vários, existem diversas outras histórias que também não são contempladas nos versículos. Conheça alguns exemplos!
1. Lúcifer como Satanás
(Fonte: Getty Images)
Satanás, o anjo que foi expulso do céu após se rebelar contra Deus, é popularmente conhecido como Lúcifer — nome que significa “portador da luz” em latim. Porém, apesar do uso tão difundido, não há qualquer base bíblica para essa associação.
A passagem que apoia essa equação é Isaías 14:12, que diz: “Como caíste do céu, ó Lúcifer, filho da alva!”. Tendo em mente que o versículo parece descrever um ser celestial que caiu do céu, passou a ser razoável comparar Satanás e Lúcifer. Porém, não existe nenhuma fala explícita sobre isso.
2. Maçã do Jardim do Éden
(Fonte: Getty Images)
“O fruto proibido” tem origem em Gênesis 3, citando o consumo do fruto da árvore da vida por Eva, que contraria aos mandamentos de Deus para o Jardim do Éden. A cultura popular logo imaginou a fruta como uma maçã, mas não há qualquer menção na Bíblia sobre isso.
Ao que tudo indica, a maçã surgiu após uma tradução da Bíblia São Jerônimo, que trocou o adjetivo “malus”, que significa “mau”, pelo substantivo “malum”, que significa “maçã” ou simplesmente “fruta”.
3. Nascimento de Jesus em um estábulo
(Fonte: Getty Images)
Como citado na introdução, a principal forma do presépio retrata o nascimento de Jesus em um estábulo. A Bíblia, porém, não menciona isso. Na verdade, o texto é praticamente silencioso em relação à estrutura em que Jesus nasceu.
A tradição cristã primitiva da Terra Santa, inclusive, pinta o filho de Deus nascendo na caverna de um pequeno pastor perto de Belém. Essa caverna é hoje marcada pela Igreja da Natividade como um importante local de peregrinação para cristãos de todo o mundo.
4. Celibato clerical
(Fonte: Getty Images)
A regra de celibato clerical adotada pela Igreja Católica Romana é um apetrecho político e teológico bem conhecido há quase um milênio. Dada a forma como o Catolicismo defende essa regra, é de se imaginar que tal ato está representado na Bíblia. A realidade, porém, é bem mais complicada.
A Bíblia elogia o celibato clerical, mas não cita qualquer exigência. Em igrejas primitivas, era comum que padres renunciassem às suas esposas, mas relacionamentos já foram admitidos no passado desde que os padres não praticassem sexo.
5. Maria Madalena como prostituta
(Fonte: Getty Images)
Maria Madalena é amplamente vista pelos cristãos como uma prostituta arrependida. A Bíblia, no entanto, é completamente silenciosa em relação à sua ocupação, observando apenas em Lucas 8:2-3 que ela era uma mulher que seguia Jesus depois que ele a curou de possessão demoníaca.
A identificação como prostituta vem principalmente do Papa São Gregório Magno e de artistas medievais. O primeiro identificou Maria Madalena como a mulher que implorou o perdão de Jesus em Lucas 7:36-50, em que a Bíblia cita uma mulher pecadora. No entanto, o fato estabelecido pela Igreja e São Gregório foi completamente presumido por ela ser considerada intocável, e pelo nome “Madalena” ter se tornado um sinônimo de adultério na tradição judaica.
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