A imensa capacidade da maior turbina eólica do mundo, que está sendo construída na China

24 de janeiro de 2023, 10:55

A dimensão do projeto eólico chinês não tem precedentes, como a quantidade de energia gerada (Foto: Reprodução)

Para o governo chinês, a energia eólica é o futuro, e esse amanhã ecológico e sustentável já está em construção: a maior e mais poderosa turbina capaz de tornar o vento em energia de todos os tempos está sendo fabricada pela empresa de energia eólica offshore China State Shipbuilding Corporation (CSSC). De acordo com comunicado da empresa, a inovação terá uma capacidade de 18 megawatts, alcançados por um rotor de três hélices com um incrível diâmetro de 260 metros, capaz de gerar 44,8 quilowatts-hora de eletricidade sob velocidade total do vento.

De acordo com os engenheiros responsáveis pelo projeto, cada uma das pás possui 128 metros de comprimento, e as estruturas ao todo abrangem uma área de 53 mil metros quadrados – equivalentes a cerca de 7 campos de futebol. Com uma única turbina produzindo 74 milhões de quilowatts-hora, a novidade poderá alimentar até 40 mil casas com cerca de três residentes cada uma ao longo de um ano inteiro. “A turbina é capaz de reduzir o custo de parques eólicos e estabelecer uma base sólida para o desenvolvimento da indústria eólica offshore [em alto mar]“, diz o comunicado da CSSC Haizhuang.

A construção de uma estrutura de tal proporção no meio do mar possui um custo igualmente grandioso, e o imenso tamanho de cada hélice é fundamental para um funcionamento ideal do equipamento: quanto mais longas forem as pás, maior será a área varrida e a quantidade de energia produzida a partir de um único polo. As hélices do projeto chinês são tão grandes que a empresa precisou instalar uma fábrica ao lado de uma doca para poder rebocar o equipamento diretamente às águas após concluído, evitando possíveis complicações logísticas.

Apesar dos custos e dilemas, o investimento promete valer o esforço: segundo o comunicado, o parque offshore será capaz de reduzir o consumo de carvão em 25 mil toneladas e a emissão de dióxido de carbono em 61 mil toneladas por ano, e economizará “mais de 100 milhões de yuans em custos de outras construções”, equivalentes a cerca de R$ 75 milhões. O projeto, que representará “um novo marco” na indústria global eólica, é passo fundamental para que a China alcance a meta de se tornar, até 2060, um país livre de emissões de carbono.

MSN

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