Terrorista abandonado chora por falta de apoio dos bolsonaristas
27 de dezembro de 2022, 15:13
Sousa foi preso no último sábado pouco após a polícia localizar e desarmar uma bomba que havia sido colocada em um caminhão-tanque nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília. Ele também planejava um outro atentado para o dia da posse de Lula (Foto: Reprodução)
O terrorista bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa disse se sentir “abandonado” por outros radicais de extrema direita, especialmente pelos que estão acampados em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília, defendendo uma intervenção militar para impedir a posse do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1 de janeiro. “A revelação foi feita em gravação depois que o terrorista já estava preso”, diz o Metrópoles.
Bomba em Brasília
Sousa foi preso no último sábado pouco após a polícia localizar e desarmar uma bomba que havia sido colocada em um caminhão-tanque nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília. Ele também planejava um outro atentado para o dia da posse de Lula. Ao todo, seis pessoas são suspeitas de participação na tentativa do ataque terrorista.
A reportagem destaca, ainda, que “no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, bolsonaristas tentam descolar a imagem do terrorista com o movimento. Segundo os campistas, George nunca esteve na manifestação do QG e seria um ‘falso bolsonarista’”.
Dino confirma reforço de segurança para posse de Lula
Após os episódios da prisão de um homem que ameaçou acionar uma bomba no aeroporto de Brasília para “promover o caos” e da localização de artefatos explosivos a cerca de 30 quilômetros de Brasília no último fim de semana, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que a segurança será reforçada para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcada para o próximo domingo.
Em entrevista ao canal de TV por assinatura Globonews nesta terça-feira, Dino afirmou que “estamos diante de fatos novos que ensejam o reforço da segurança”. Ainda assim, ele disse que não há qualquer orientação para que militantes deixem de comparecer aos eventos que marcarão o início do terceiro mandato de Lula.
– Reafirmamos que a posse vai ocorrer com ampla participação popular, tanto na Esplanada (dos Ministérios, que recebe os atos oficiais) quanto na parte cultural. Porém, evidentemente estamos diante de terroristas, que devem receber o tratamento que a lei manda, e ao mesmo tempo essas providências preventivas (relativas à segurança) – destacou.
Dino foi enfático ao dizer que há “omissões ou ações” de agentes públicos federais em conexão com os acampamentos antidemocráticos instalados no entorno de quartéis das Forças Armadas. O futuro ministro, que foi juiz federal antes de ingressar na política, afirmou que os atos serão investigados para que sejam descobertas as pessoas envolvidas, incluindo os financiadores.
– Na próxima semana estaremos no Governo e todas as providências serão tomadas, inclusive no que se refere à apuração de crimes anteriores. Faço questão de lembrar que neste caso, de terrorismo, a própria constituição diz que os crimes são inafiançáveis, imprescritíveis e insuscetíveis de anistia, tanto no que se refere ao futuro e tanto no que se refere à apuração de fatos pretéritos de enorme gravidade – pontuou.
O novo governo pretende realizar atos administrativos logo nas primeiras horas do próximo domingo, segundo o futuro ministro da Justiça. Ele afirmou na entrevista à Globonews que a intenção é evitar instabilidade e vazio de poder.
Militares sob ameaça
Para Dino, a segurança dos próprios integrantes das Forças Armadas está em risco. Ele lembra que os locais no entorno das instalações militares devem ser preservados para a proteção dos homens e mulheres que ali estão.
– No momento em que criminosos estão ali se reunindo, obviamente as próprias Forças armadas estão em risco. Por isso mesmo esperamos que as providências sejam tomadas urgentemente pelas autoridades ainda no governo – pontuou.
– Nunca vimos isto antes: pessoas querendo impedir uma posse presidencial de modo violento. Isto não é um fato engraçado, pitoresco, não é um fato corriqueiro. É um mal que não pode ser banalizado, e por isso mesmo nossa atitude vai ser muito firme, muito nítida e muito clara – complementou.
Correio do Brasil
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