Falta de recenseadores faz IBGE prorrogar Censo até dezembro

03 de outubro de 2022, 16:07

Além da escassez de recenseadores, IBGE diz que domicílios com renda mais alta se recusam a responder ao questionário (Foto: Reprodução)

O censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) há dois meses completou 104.445.750 entrevistas, em quase 37 milhões de domicílios pelo país. Esse total, anunciado nesta segunda-feira (3), corresponde a 49% da população estimada. O instituto disse estar enfrentando problemas com falta de pessoal em algumas regiões. São 95.448 recenseadores, apenas 52,2% das vagas disponíveis.

Do total de pessoas entrevistadas, 42% estavam na região Sudeste e 27%, no Nordeste. Depois vêm as regiões Sul (14,3%), Norte (8,9%) e Centro-Oeste (7,8%). Pouco mais da metade (52%) eram mulheres. O censo demográfico começou em 1º de agosto. Hoje, o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, anunciou que haverá prorrogação da coleta de dados, provavelmente até início de dezembro.

Indígenas e quilombolas

De acordo com o IBGE, o estado mais adiantado no censo, considerando os setores censitários, é Sergipe (80,78%). Mato Grosso (38,49%) é o que tem menos setores averiguados até o momento. A contagem feita até agora inclui 860.358 indígenas (0,82% dos entrevistados) e 740.923 quilombolas (0,71%).“

De acordo com o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte, em 2,27% dos domicílios os moradores se recusaram a responder. Ele espera reduzir o percentual até o fim do processo, depois de aplicar os chamados protocolos de insistência.

A maioria dos domicílios (88,2%) respondeu ao questionário básico e 11,8%, ao ampliado. O tempo mediano de preenchimento tem sido de 6 e de 16 minutos, respectivamente. Além disso, 99,5% dos questionários foram respondidos presencialmente. Os demais, pela internet ou por telefone.

Brasil 247

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