“Que Deus lhe dê força e coragem para que o senhor continue trabalhando pra nós. Obrigado prefeito Arnaldinho por lutar por nós e por trazer a gente para conhecer Salvador”, disse dona Ester da Conceição, de 79 anos de idade. Este foi apenas um dos agradecimentos dos moradores da comunidade de Várzea da Porta, em Caém, que estiveram pessoalmente participando do evento que apresentou e oficializou o lançamento do Programa Mais Dignidade no Campo.

A cerimônia foi realizada no último dia 18, no auditória da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), em Salvador.

O Programa tem como objetivo a instalação de mil módulos sanitários sustentáveis em várias comunidades do semiárido baiano, em período de cinco anos, capacitando cerca de oito mil pessoas para sua utilização e manutenção.

A Prefeitura de Caém, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com a Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) e a Secretaria de Desenvolvimento Rural da Bahia (SDR), garantiu, neste primeiro momento, 30 sanitários sustentáveis, que irão beneficiar famílias das comunidades de Várzea da Porta, Curral Velho e Várzea do Rancho, na região de Piabas.

O senhor José Alves dos Santos, de 72 anos, morador da comunidade de Várzea da Porta, que também esteve presente à cerimônia de lançamento, contou que nunca teve um banheiro em sua casa e a expectativa para instalação do equipamento na área de sua residência é grande. “Duas coisas boas que está acontecendo, eu vim pra Bahia pela primeira vez na vida e o ganhar um sanitário”, relatou Seu José, comemorando por, segundo ele, não ter mais que correr o risco de ser picado por algum animal peçonhento quando usa o mato como sanitário.

Coordenada pela secretária de Assistência Social de Caém, Kelciane Moura Gomes, uma caravana com cerca de quinze pessoas se fez presente. Entre os participantes estavam os vereadores Ronivon Silva Honorato (Roni de Piabas) e Maria Ana Almeida dos Reis (Dona Maria).

A tecnologia dos chamados sanitários secos solares permite o adequado descarte dos dejetos humanos sem materiais auxiliares (químicos), sem a necessidade de utilização de água e energia elétrica, sem a produção de odores indesejáveis e produzindo adubo higiênico e armazenável, gerando renda local.