Seca, frio e chance de neve: Veja como começa o inverno 2021 em cada região

21 de junho de 2021, 15:16

Estação, que vai até 22 de setembro, é marcada pelo período menos chuvoso de Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte e Nordeste; maiores quantidades de chuva concentram-se sobre o noroeste da Região Norte, leste do Nordeste e parte do Sul (Foto: Reprodução)

O inverno começou nesta segunda-feira (21) à 0h32 (horário de Brasília) para a maior parte do território brasileiro – com exceção de partes do Amazonas, Pará e quase a totalidade de Roraima e Amapá, que ficam no Hemisfério Norte. A estação termina em 22 de setembro às 16h21.

O início da estação é chamado de solstício de inverno – dia do ano com menos horas de luz do que qualquer outro no ano. Geralmente ele ocorre em 22 de junho, mas pode ocorrer entre 21 e 23. Neste ano, foi na madrugada desta segunda (21).

O inverno é marcado pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte e Nordeste – enquanto as maiores quantidades de chuva concentram-se sobre o noroeste da Região Norte, leste do Nordeste e parte da Região Sul.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), por causa das massas de ar frio que vêm do sul do continente, pode haver:queda da temperatura média do ar, com valores abaixo de 22ºC no leste do Sul e Sudeste;

formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul;

queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul;

episódios de friagem em Rondônia, Acre e no sul do Amazonas.

No período da manhã, pode haver, também, formações de nevoeiros e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, impactando especialmente em estradas e aeroportos.

Com a redução das chuvas em grande parte do país nesta época do ano, tem-se a diminuição da umidade relativa do ar, que favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais e de doenças respiratórias.

“No inverno, é normal a época de seca ou de pouca chuva na maior parte do país. Nenhum setor que depende de chuva espera por chuva nesta época. As principais preocupações são com poluição do ar aumento do risco de alastramento de fogo”, explica a meteorologista do Climatempo Josélia Pegorim.

Previsões por região

Sul

No Sul, temperaturas abaixo da média estão previstas para o leste de Santa Catarina e do Paraná, além do nordeste do Rio Grande do Sul. Nesses locais, principalmente em altitudes mais altas, há a possibilidade de geada – que já ocorreu no outono.

O prognóstico do Inmet indica o predomínio de chuvas próximas e abaixo da média em grande parte da Região Sul, exceto em algumas áreas sobre o sul e leste do Rio Grande do Sul e sudeste de Santa Catarina – onde a tendência é de chuvas ligeiramente acima da média, principalmente em setembro.

 maior frequência das frentes frias contribuirá para maiores variações nas temperaturas ao longo deste trimestre. As temperaturas médias mais elevadas estão previstas para o mês de setembro, principalmente no Paraná.

Em Santa Catarina, a estação começou com alerta de chuva e mínima perto de 0ºC. No último dia do outono, um lobo-marinho-subantártico foi visto “descansando” em uma praia de Florianópolis.

Sudeste

As temperaturas devem permanecer acima da média em grande parte da região, com exceção do norte de Minas Gerais e no Espírito Santo – onde podem ser próximas ou ligeiramente abaixo da média.

O trimestre de junho a agosto corresponde ao período mais seco da região, especialmente no norte de Minas.

A previsão do Inmet indica que as chuvas devem permanecer próximas ou ligeiramente abaixo da média, porém não descarta a ocorrência de chuvas próximas da média no litoral da região em julho, por causa de frentes frias.

Centro-Oeste

A previsão para o inverno indica alta probabilidade de as chuvas ocorrerem dentro e abaixo do esperado em grande parte da região. A única exceção é o centro-sul de Mato Grosso do Sul, onde as chuvas deverão ser ligeiramente acima da média em setembro.

O período seco já começou na região – e a tendência é de haver diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses. Os valores diários podem ficar abaixo de 30% e os picos mínimos podem ficar abaixo de 20%.

As temperaturas deverão permanecer acima da média por causa da permanência de massas de ar seco e quente, principalmente nos meses de agosto e setembro, favorecendo a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.

Em alguns locais do leste de Mato Grosso do Sul e sul de Mato Grosso, as temperaturas poderão ficar ligeiramente abaixo do esperado por causa da passagem de massas de ar frio do continente.

Nordeste

A previsão indica que as temperaturas ficarão próximas e acima da média em grande parte da região, exceto no centro-leste da Bahia – onde as temperaturas previstas podem ficar ligeiramente abaixo da média em setembro.

Em algumas áreas – como o norte do Maranhão e do Ceará, leste do Rio Grande do Norte e da Paraíba – as chuvas em julho poderão ocorrer ligeiramente acima da média.

A previsão indica o predomínio de áreas com chuvas próximas ao esperado durante esta estação, principalmente no interior da região.

Norte

Para o Norte, a previsão do Inmet indica maior probabilidade de que as chuvas ocorram ligeiramente acima da média no norte da região, principalmente sobre os estados de Roraima e Amapá.

Nas outras áreas, existe uma tendência de as chuvas ficarem próximas ou abaixo da média, principalmente no sul da região amazônica.

A temperatura média do ar nos próximos meses deve permanecer acima da média.

A falta de chuvas a alta temperatura e a baixa umidade relativa do ar favorecem a incidência de queimadas e incêndios florestais na região. Por outro lado, pode haver episódios de friagens no sul desta região, devido à passagem de massas de ar frio continentais.

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