4 mitos e verdades sobre o ensino remoto

20 de abril de 2021, 18:42

Os professores tiveram que criar do zero e rapidamente um novo modelo de ensino (Foto: Reprodução)

Aulas online em casa, quem é mãe ou pai com crianças em idade escolar com certeza está vivendo este grande desafio. De uma lado temos famílias sobrecarregadas e, de outro, professores fazendo tudo o que podem para lidar com os desafios do ensino remoto. A pedagoga Bruna Cardoso que tem recebido muitas questões das mães e dos pais sobre o assunto, completa: “Em um momento como este, a parceria entre a família e a escola precisa se fortalecer, sabemos que a mãe e o pai não são professores, e nem precisam ser, mas precisam oferecer apoio para as crianças.”

Muito se ouve por aí sobre ensino remoto, por isso é preciso desvendar alguns mitos e verdades sobre o assunto:

1- O ensino remoto substitui o presencial

MITO!

O ensino remoto foi criado em caráter emergencial. Ele tem durado mais tempo que o esperado, mas é o que temos – e traz bons resultados na aprendizagem quando acontece em condições ideais. Ou seja, quando bem estruturado, é possível que as crianças aprendam bastante. No entanto, ele não substitui o ensino presencial.

Estar com os colegas, relacionar-se socialmente, aprender com o outro, aprender com o ambiente são alguns exemplos de pontos insubstituíveis do ensino presencial.

2- O ensino remoto facilita a vida dos professores

MITO!

Os professores tiveram que criar do zero e rapidamente um novo modelo de ensino. Criar e adaptar atividades, projetos e sequências didáticas pensando nas ferramentas digitais envolve estudo e muita pesquisa. Não se trata de simplesmente dar aula na frente do computador. Além disso, mediar as interações virtuais, preocupar-se com a aprendizagem de todos os alunos e avaliar têm sido um enorme desafio.

3- As crianças não aprendem com o ensino remoto

MITO!

Crianças maiores de 5 anos, com internet, um dispositivo digital, material, um modelo de ensino remoto que priorize as abordagens ativas e com a parceria da família conseguem aprender, sim.

A questão é que nem todas as mães e pais podem dar este apoio tão necessário, pois precisam trabalhar. Para casos assim, a Plataforma Ler o Mundo, por exemplo, possui um curso sobre como as famílias podem participar da alfabetização das crianças no dia a dia, sem estresse, nos momentos de folga.

No entanto, nem todas as crianças possuem acesso à internet e computador/tablet/celular ou um contexto domiciliar favorável para a aprendizagem. Por isso, temos visto uma quantidade enorme de crianças em defasagem, isso é muito sério. Com a volta às aulas gradual, o grande desafio será oportunizar, para quem não conseguiu aderir ou acompanhar o ensino remoto, as aprendizagens necessárias, ou seja, uma reorganização curricular para que todos possam caminhar do ponto em que pararam.

4- O ensino remoto proporciona outras aprendizagens

VERDADE!

O ser humano tem uma capacidade enorme de se adaptar. As crianças que seguiram no ensino remoto avançaram enormemente no letramento digital. Além de dominarem recursos e ferramentas, temos visto as escolas investindo na educação midiática, algo muito importante nos dias atuais. Desenvolver o pensamento crítico e a autonomia para lidar com as fake news e a desinformação, por exemplo, é uma capacidade essencial hoje em dia. Além disso, estão usando as criatividade para lidar com o tempo livre dentro de casa e desenvolvendo resiliência para conseguir passar por um momento tão adverso e cheio de desafios, por exemplo.

Fonte: IstoÉ 

Boas Festas!

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