Motivo financeiro causou morte de marido de Flordelis, diz jornal
23 de agosto de 2019, 15:31
17.jun.2019 - A deputada federal Flordelis (PSD-RJ), de óculos escuros, durante o enterro do corpo de seu marido, o pastor Anderson do Carmo de Souza (Foto: Reprodução)
O vereador de São Gonçalo Wagner Pimenta, conhecido como Misael, um dos filhos da deputada Flordelis (PSD), disse que ela foi “mentora intelectual” da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo. De acordo com informações do jornal O Globo, que teve acesso ao inquérito, a deputada manipulou os filhos para que cometessem o assassinato por motivações financeiras.
Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, foi detido durante o enterro de Anderson. Ele seria o autor dos disparos que mataram o pastor. Lucas Cézar dos Santos, filho adotivo, também foi preso, suspeito de ter comprado a pistola usada no assassinato.
Em depoimento prestado em 24 de junho, Misael disse que durante uma visita a Flordelis, a mãe escreveu num pedaço de papel: “Nós quebramos o celular do Niel (apelido de Anderson) e jogamos na Ponte Rio-Niterói. O papel foi visto pela mulher dele, Luana, e por um de seus irmãos, Daniel dos Santos. O telefone também teria passado pelas mãos de Márcio da Costa Paulo, motorista de Flordelis.
Misael e outros filhos também disseram que Anderson estava sendo medicado a mando de Flordelis, com o objetivo de envenená-lo. Segundo o jornal, cinco registros de atendimentos ao pastor em hospitais no ano passado foram anexados ao inquérito.
Diferença entre filhos biológicos e adotivos
De acordo com a reportagem, três filhos adotivos de Flordelis contaram que não eram tratados da mesma forma que os biológicos. Luan Santos declarou que nem todos os filhos “tinham as mesmas regalias”.
Roberta Santos disse que os filhos biológicos eram os que mais passeavam e ganhavam presentes da mãe. Já Anderson, diz ela, era um “paizão e sempre tratou todos os filhos muito bem”.
Kelly dos Santos também ressaltou que Flordelis sempre “tratou os filhos adotivos de modo diferenciado em relação aos biológicos”. Segundo ela, os biológicos ganhavam sempre os melhores presentes e os adotivos, quando ganhavam, era algo usado ou de qualidade inferior.
Outro lado
Flordelis sempre negou envolvimento no assassinato. Por nota, segundo o jornal, ela disse: “O que ganhei com a morte do meu marido? Eu só perdi”, afirmando que Anderson cuidava de sua carreira política e contratos artísticos da carreira como cantora gospel.
Ela acusou Misael de ter apagado o conteúdo do celular de Anderson no dia do sepultamento. Segundo ela, em 2018, Anderson não deixou que Misael fosse candidato a deputado estadual.
Boas Festas!