Verme misterioso do RS se multiplica se cortado e é tóxico

11 de dezembro de 2023, 16:07

O biólogo pontua que deve haver alguns cuidados em relação ao bicho, pois ele produz toxina e, se for cortado, se multiplica (Foto: Reprodução)

Um vídeo de um verme misterioso viralizou nas redes sociais e já soma mais de 115 mil visualizações. As imagens do animal foram publicadas pelo biólogo Fabiano Soares e chamaram a atenção dos internautas.

O verme foi flagrado em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. O profissional pontua que deve haver alguns cuidados em relação ao bicho, pois ele produz toxina e, se for cortado, se multiplica.

Mas, afinal, que verme é esse?

O animal flagrado pelo biólogo é conhecido como verme cabeça-de-martelo. Ele é uma planária, um tipo de platelminto, da espécie Bipalium – devido a isso, ele pode se regenerar e multiplicar caso seja cortado. Tem o corpo achatado e a cabeça em formato de pá. Enquanto alguns não medem mais de 2,5 cm, outros podem chegar a quase 40 cm de comprimento.

Soares diz que o verme é originário do continente asiático, mas consegue se estabelecer em qualquer local que tenha solo úmido, como sob folhas, pedras ou outros materiais. Além disso, tais ambientes são ricos em minhocas, caracóis, lesmas e vários outros insetos – todos esses servem como alimento para o verme.

O número de vermes pode ser ampliado facilmente nesses ambientes, visto que é hermafrodita, o que significa que cada indivíduo possui órgãos reprodutivos masculino e feminino, e que também podem se reproduzir via divisão binária.

Por meio do vídeo, o profissional ainda destaca que a espécie produz tetrodotoxina, uma neurotoxina que interrompe a sinalização dos neurônios para os músculos. Esse mesmo veneno pode ser encontrado em baiacus e polvos de anéis azuis.

O muco tóxico que envolve o corpo do verme pode ser perigoso para animais de estimação que tiverem contato com ele. Apesar de não apresentar riscos para humanos, é recomendado que se use luva para manusear a espécie.

Como erradicar o verme?

O Departamento de Proteção Ambiental de Nova Jersey, Estados Unidos, aponta que para erradicar esses animais é necessário aplicar sal, ácido bórico, vinagre ou óleo cítrico diretamente no corpo deles.

UOL

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