Um asteroide metálico vale US$ 10 quintilhões, mais que toda a economia da Terra

02 de novembro de 2020, 22:53

O 16 Psyche orbita o cinturão entre Marte e Júpiter e pode ser resquício de protoplaneta do período de formação do Sistema Solar (Foto: Reprodução)

Um asteroide descoberto no século XIX com órbita no cinturão entre Marte e Júpiter pode ser mais valioso que toda a economia da Terra. Um estudo publicado semana passada no Planetary Science Journal revelou que 16 Psyche, de 225 quilômetros de diâmetro, é inteiramente formado por ferro e níquel, que valeriam na cotação dos metais cerca de US$ 10 quintilhões.

O valor representa mais de 10 mil vezes o valor do PIB (produto interno bruto) do mundo inteiro em 2019 —que, segundo o Banco Mundial, foi de US$ 87 trilhões. Mas não há planos para minerar o gigante espacial. Por isso esse número é apenas curioso e não realmente prático.

“Nós já observamos meteoritos que são formados majoritariamente por metal, mas o Psyche pode ser único por ser um asteroide totalmente feito de ferro e níquel” — afirmou Tracy Becker, pesquisadora do Southwest Research Institute e líder do estudo.

A novidade é que ele está enferrujando. “Fomos capazes de identificar pela primeira vez em qualquer asteroide o que pensamos serem bandas de absorção ultravioleta de óxido de ferro”, disse Tracy Becker. “Esta é uma indicação de que está acontecendo um processo de oxidação no asteroide, o que pode ser resultado dos ventos solares atingindo a sua superfície.”

Para comprovar as observações realizadas pelo Hubble, a Nasa prepara o lançamento de uma espaçonave que viajará até o asteroide, como parte de um esforço maior para compreensão das origens dos núcleos planetários.

A missão está programada para 2022, com chegada no asteroide prevista para 2026. Como asteroides metálicos são relativamente raros, o 16 Psyche oferece aos cientistas uma oportunidade única para observar como seria o núcleo de um planeta.

 

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