“Se quiser ter Natal em 2021, não vá a festas neste ano”, adverte sanitarista

28 de novembro de 2020, 16:31

A advertência é do médico sanitarista Gonzalo Vecina. Fundador e ex-presidente da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) (Foto: Reprodução)

“A pandemia vai durar o ano que vem inteiro. A questão das festas de fim de ano é bem simples. A pergunta a ser respondida é: você quer festejar o Natal de 2021? Se for sim, não festeje o de 2020. Se for não, vá para o Natal de 2020. Quem sabe você arrume um encontro com o coronavírus e com as consequências daí oriundas para você e para as pessoas que você ama. Não tem como explicar isso de forma diferente”.

A advertência é do médico sanitarista Gonzalo Vecina. Fundador e ex-presidente da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), ele fala ao Tutaméia sobre perspectivas para a vacina, aponta os erros de Bolsonaro, descreve a inação do Ministério da Saúde, critica as aberturas promovidas por governos, alerta para os riscos que corre a agência e examina a questão da pandemia de um ponto de vista panorâmico.

Ex-secretário de saúde da cidade de São Paulo, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade de São Paulo (USP), Vecina examina as consequências econômicas e sociais da pandemia. Saúda os movimentos de solidariedade que surgiram no início do ano, mas declara:

“Não tem como construir um mínimo de dignidade só com filantropia e solidariedade. Se não tiver Estado, teremos barbárie. Não tem a menor dúvida disso”. Para ele, será preciso distribuir dinheiro para os mais pobres, “jogar dinheiro de helicóptero”, como defendem muitos economistas de diferentes matizes.

“A sociedade vai ter que passar por essa crise para chegar do lado de lá. Ou vai renovar o auxílio emergencial, ou vai ter algum outro tipo de auxilio, ou vamos ter que colocar esse presidente para fora, que é uma hipótese que é muito louvável e que deve ser considerada. O substituto não é grande coisa, mas talvez faça menos bobagem do que ele”.

“Não tem como construir um mínimo de dignidade só com filantropia e solidariedade. Se não tiver Estado, teremos barbárie. Não tem a menor dúvida disso”. Para ele, será preciso distribuir dinheiro para os mais pobres, “jogar dinheiro de helicóptero”, como defendem muitos economistas de diferentes matizes.

“A sociedade vai ter que passar por essa crise para chegar do lado de lá. Ou vai renovar o auxílio emergencial, ou vai ter algum outro tipo de auxilio, ou vamos ter que colocar esse presidente para fora, que é uma hipótese que é muito louvável e que deve ser considerada. O substituto não é grande coisa, mas talvez faça menos bobagem do que ele”.

Fonte: Brasil de Fato

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