Presidente argentino é convocado a depor por corrupção

11 de dezembro de 2018, 16:56

Franco e Gianfranco Macri teriam pago propinas em licitações .

Ojuiz Claudio Bonadio, vai convocar Franco e Gianfranco Macri, respectivamente pai e irmão do presidente argentino, Mauricio Macri, para depor na próxima quinta-feira (13), em um tribunal de Buenos Aires.

Os familiares do mandatário, que controlam o grupo de construtoras Socma, são investigados por supostos pagamentos de propinas para vencer licitações do governo com a empresa “Autopistas de Sol”, vendida pela família em 2015. A transação foi realizada após a eleição de Macri, no valor de US$ 20 milhões, o que fez com que a ex-deputada Margarita Stolbizer denunciasse a presidência sob suspeita de que Macri pudesse ter beneficiado sua família ao autorizar o aumento dos preços dos pedágios nas estradas controladas pelo grupo. Angelo Calcaterra, ex-chefe da empresa IECSA que é primo do presidente, também será ouvido por Bonadio. Ele confessou ter feito doações às campanhas eleitorais kirchneristas de 2013 e 2015 e passou a ser um colaborador da Justiça.

Bonadio convocou outros dirigentes de empresas concessionárias de estradas, como o presidente da holding Corporación America, Eduardo Arnekian, além de funcionários dos governos Kirchner, como o ex-ministro de Obras Públicas e Planejamento, Julio De Vido, para depor. O ex-secretário de Transportes, Ricardo Jaime, e o ex-chefe de Controle de Concessões Viárias, Claudio Uberti, também serão ouvidos. Uberti já se declarou culpado e colabora com a Justiça. Ele assumiu ter recebido semanalmente dinheiro de empresas, que era entregue ao então presidente (Néstor Kirhcner) e ao ex-secretário de Transportes De Vido.

Cristina Kirchner é acusada de ser a chefe do esquema. O tribunal já pediu o impeachment da atual senadora para que ela cumpra prisão preventiva, mas o Senado não aprovou a medida. (ANSA)

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