Polícia apreende cobra de mais de 8 metros e 80 kg criada em casa

14 de agosto de 2020, 15:32

Corporação chegou ao local após denúncia, em função de desdobramento da investigação do ‘Caso Naja’. Animal era criado há 11 anos na residência (Foto: Reprodução)

Uma cobra gigante foi apreendida dentro de uma casa nesta quinta-feira (13), em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF. A Polícia Civil informou que o réptil tem mais de 8 metros de comprimento e 80 kg. A corporação disse que chegou ao local após denúncia anônima, em um desdobramento das investigações do Caso Naja, que apura o tráfico de animais silvestres.

A apreensão foi feita por agentes do 14 DP – Gama (DF). A cobra estava dentro de um terrário e, segundo os investigadores, era criada na residência há 11 anos.

Segundo a médica veterinária Luana Borboleta, doutoranda em ciência animal e presidente da Comissão de Animais Selvagens e Meio Ambiente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Goiás (CRMV-GO), trata-se de uma phyton asiática, uma das maiores espécies de cobra do mundo.

Além dela, no local, os policiais ainda apreenderam ao menos outras cinco cobras menores. Todas elas serão levadas para a delegacia e, posteriormente, entregues ao Centro de de Triagem de Animais Silvestres do Distrito Federal (DF).

A polícia informou que o dono dos animais não estava na residência. Uma pessoa, que abriu a porta aos policiais, será levada para a delegacia para saber se ela tem envolvimento com os répteis.

Caso Naja
Uma apuração sobre tráfico de animais silvestres foi iniciada após o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique Krambeck Lehmkuhl, de 22 anos, ser picado pela naja no dia 7 de julho. Ele ficou seis dias internado em um hospital particular do DF, sendo cinco em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O jovem teve que tomar soro antiofídico do Instituto Butantan, de São Paulo, único local que possuía o antídoto no país, mas para fins de pesquisa, já que a espécie não é da fauna brasileira. Nativa da África e da Ásia, a naja é considerada uma das espécies mais venenosas do mundo.

Segundo a Polícia Civil, o estudante criava a cobra em casa ilegalmente e seria o proprietário de pelo menos outras 16 serpentes. Nas redes sociais, Pedro compartilhava fotos com os animais.

Nesta quinta-feira, a Polícia Civil do Distrito Federal concluiu o inquérito que investiga o caso e indiciou 11 pessoas por crimes ambientais, maus-tratos e por tentativas de atrapalhar as investigações.

Fonte G1

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