Pior que a validade da pena é o crime cometido

12 de junho de 2024, 10:35

(Foto: Gervásio Lima)

* Por Gervásio Lima –

Longe de uma opinião jurídica, mas usando do aprendizado cidadão, da moral e dos bons costumes, é possível afirmar que o ladrão que roubou um frango é tão criminoso quanto aquele que furtou vários frangos pois os dois se apropriaram ou tiraram proveito de algo que não era seu, que não o pertencia. Se a justiça vai atenuar a pena, ou até mesmo não penalizar, o que roubou menos é outra discussão; a alcunha de larápio continuará a mesma.

No meio político a amenização de determinadas faltas de condutas é uma praxe utilizada para justificar o quase sempre injustificável, tanto pelo acusado quanto pelos seus cumplices, ou melhor seu apoiadores. É um despautério enunciar que o apoiado ‘rouba mais faz’ ou que ‘todos roubam’ e ao mesmo tempo arrotar seriedade e condenar corrupção sendo um corrupto ou um corruptor.

Para se conseguir o intento os lobos se passam por cordeiros e agindo como um verdadeiro estelionatário se passa por um paladino, de caráter inquestionável e disposto a proteger os fracos e lutar por causas justas. Os falsos moralistas geralmente apontam os defeitos dos seus oponentes para persuadir aqueles que não o acompanham, desprovidos de valores e impregnados de maldades. O dissimulado é um algoz contumaz.

Ainda quanto ao crime e o tempo de sua pena, a discussão não deve ser em volta da data de validade do delito, mas sim ao dano causado pela incorreção. É sempre bom lembrar, não existe amizade entre  o frango e a raposa, não adianta insistir.

Por tanto, se faz necessário ficar atento para os ilusionistas, principalmente em ano eleitoral quando os ‘santos de pau oco’ estão à solta e como uma cobra, prontos para dar o bote.

Forte é o povo!

*Jornalista e historiador

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