É preciso ver para crer

04 de março de 2020, 16:36

*Por Gervásio Lima -    São Tomé foi um dos 12 apóstolos de Cristo, o abusado que disse que só acreditaria na ressurreição de Jesus se pudesse ver e tocar as chagas da crucificação. A partir daí nasceu a expressão "ver para crer”. Assim como o apóstolo Tomé, que duvidou da ressurreição de Jesus e exigiu tocar suas chagas para que se convencesse, o mais precavido dos mortais também evita fazer juízo de valor para não incorrer no grave e perigoso erro de julgar algo que não conhece ou que não viu. O apóstolo que no primeiro momento se comportou como um homem de pouca fé, um descrente, teve de certa forma uma atitude digna dos que abominam pré-conceitos e, principalmente julgamentos feitos a partir de percepções individuais e ‘do que ouviu dizer’. A decepção ou desilusão é o sentimento de insatisfação que surge quando as expectativas sobre algo ou alguém não se concretizam. Apesar de ser semelhante ao arrependimento, difere deste na medida em que o arrependimento está focado nas escolhas pessoais que levaram a um resultado negativo, enquanto que a decepção está focada no próprio resultado. No caso de São Tomé nenhuma das opções sentimentais se aplicam, ao contrário do que acontece com freqüência na política eleitoral, cuja maior dificuldade é encontrar um impenitente. A fidelidade política é o pré-conceito eleitoral e as defesas e as garantias postas antes de se atingir um determinado objetivo, geralmente a vitória nas urnas, não são mantidas pela maioria. O voto de união é um dos momentos mais marcantes numa aliança política. Como em uma cerimônia de casamento religioso, onde é prometido ‘estar junto na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, amando, respeitando e sendo fiel em todos os dias da vida’, o anúncio de pactos políticos durante uma eleição quando não é motivo de festa, simboliza ao menos alegria. Quando a união é com um noivo ou uma noiva rica, vixe, aí que a zuada é grande. Para a tristeza de muitos o matrimônio não é eterno e, o pior, tem durado menos que se espera. Neste caso a decepção e o arrependimento se resumem em uma única palavra, ‘frustração’. Às vezes mais do que os desquitados; pais, padrinhos, amigos e familiares sofrem a dor da separação, principalmente se o motivo foi o adultério, tanto quanto. Todo excesso é prejudicial. Tudo que ultrapassa o limite da razão tende a não dar certo. Para os que acreditam no ‘já ganhou’, é bom lembrar que a autoconfiança requer humildade. Os seres humanos estão acostumados à prática exagerada da vaidade e do orgulho e por conseqüência têm sido surpreendidos pro resultados nada agradáveis. Resultado de eleição é feito São Tomé: ”precisa ver o resultado das urnas para crer" pois até então tudo é ignoto, ou seja, desconhecido. O problema das pessoas, inclusive dos políticos, talvez não seja a falta de confiança, mas o excesso dela. *Jornalista e historiador

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Aprenda a fazer em casa um gel bactericida natural

04 de março de 2020, 10:25

(Foto: Reprodução)

A propagação do Covid-19 pelo mundo inteiro tem aumentado a preocupação da maioria dos indivíduos com a higiene, sobretudo quando se trata de lavar e desinfetar as mãos. O número total de vítimas mortais do novo coronavírus supera os 3.100 e mais de 90 mil pessoas estão infectadas. Este cenário tem levado à procura - muitas vezes desenfreada - de meios de proteção contra o contágio, tais como máscaras e gel bactericida, que por sua vez já estão ambos esgotados na maioria das farmácias e lojas (apesar da sua eficácia ainda ser algo controversa).  Este tipo de gel é usado para desinfetar as mãos de maneira rápida e segura, quando não é possível lavar as mãos. E felizmente, mesmo que esteja tendo alguma dificuldade em adquirir o produto, a publicação Milanos Pettacoli revela que é possível fazer um gel desinfetante caseiro, com ingredientes anti-sépticos, bactericidas e antivirais. Veja a receita de gel bactericida: Ingredientes - 70 ml de álcool de farmácia; - 30 ml de água de rosas; - 10 colheres de sopa de gel de aloe vera; Opcional: pode adicionar 10 gotas de óleo essencial de lavanda, já que este fornece mais propriedades bactericidas. Preparação - Numa tigela grande, adicione o gel de aloe vera e a água de rosas, misture até obter uma textura homogênea. - Adicione o álcool agora e mexa mais um pouco; - Em seguida adicione o óleo essencial de lavanda, se quiser, e mexa até obter um gel uniforme; - Despeje a preparação num frasco de modo a armazenar o gel bactericida e está pronto a usar!

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Jacobina: Prefeito Luciano visita o Junco e anuncia reforma do Mercado Municipal

04 de março de 2020, 08:30

(Foto: Divulgação)

Nesta última terça-feira (03), o prefeito de Jacobina, Luciano da Locar, participou de uma reunião com comerciantes no Mercado Municipal do distrito do Junco, onde ouviu as demandas e anunciou as obras de reforma e requalificação do local. "Esse encontro com os comerciantes é importante, juntos podemos encontrar a melhor maneira para a reforma e requalificação deste espaço, absorvendo ideias e diminuindo assim os possíveis transtornos durante a obra. Esse será o novo centro comercial do Junco, vamos revitalizar totalmente este espaço, atendendo os anseios da comunidade e a solicitações do vereador Batista , do suplente de vereador Baka e do amigo e advogado Luciano", disse o prefeito. [video width="720" height="720" mp4="https://noticialimpa.com.br/wp-content/uploads/2020/03/VID-20200304-WA0038.mp4"][/video]

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É falso que álcool em gel nas mãos afeta o teste do bafômetro, diz PRF

04 de março de 2020, 07:38

Cesar Urnhani com os testes descartáveis em mãos (Foto: Reprodução)

Um vídeo com o possível impacto do uso do álcool em gel no resultado do teste do bafômetro repercutiu no Brasil deste esta segunda-feira (2). A gravação foi feita pelo piloto Cesar Urnhani. Ele faz testes descartáveis de uso do álcool dentro de um carro após passar o produto em gel nas mãos. O resultado dá positivo e ele alerta para a possibilidade de flagrantes dos motoristas por conta disso. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Ministério da Saúde, porém, descartam que isso ocorra e refutaram veementemente o que foi divulgado pelo piloto na gravação. A coluna conversou com o inspetor da PRF de Santa Catarina Adriano Fiamoncini, que atua na comunicação da corporação no Estado. Segundo ele, o teste usado por Urnhani capta o álcool do ambiente e não é o usado em fiscalizações. Um outro equipamento faz o mesmo serviço e é utilizado para a triagem dos motoristas nas abordagens. Mesmo assim, somente o bafômetro é que define se a pessoa está ou não alcoolizada. — Depois de analisado, o motorista passa pelo bafômetro tradicional, que precisa ser soprado com a força que sai da caixa torácica. A pessoa pode ter tomado banho de álcool gel, pode ter lavado o rosto. A não ser que ele tenha comido álcool em gel. O ar que pode resultar em multa ou prisão vem de dentro do pulmão — explicou o inspetor. Fiamoncini citou um exemplo de uma abordagem recente na BR-101. Segundo ele, o equipamento de triagem apontou possível presença de álcool no motorista, mas o condutor afirmou que não havia bebido. O passageiro, porém, admitiu que ingeriu bebida alcoólica, o que ficou apontado pela presença do álcool no ar. O motorista, então, fez o teste do bafômetro, que deu negativo e ele seguiu viagem. — Quando é feito o teste passivo dentro de um veículo em que o passageiro tenha consumido álcool, pode indicar a presença de álcool no condutor, mas neste caso pedimos ao condutor descer do veículo, sair do ambiente contaminado e fazemos o teste no aparelho homologado — exemplificou Manoel Fernandes, inspetor da PRF em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí. O Ministério da Saúde se manifestou ainda na segunda-feira e reafirmou que o vídeo está errado. O órgão confirmou que os órgãos de fiscalização de trânsito não utilizam bafômetros descartáveis para a aplicação de penalidade.

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WhatsApp lança modo escuro para iPhone e Android

03 de março de 2020, 16:43

Modo escuro tem fundo cinza escuro em versão do WhatsApp (Foto: Divulgação/WhatsApp)

Bastante popular na internet nos últimos meses, o famoso "modo noturno" ou "modo escuro" já pode ser utilizado no WhatsApp. O aplicativo de conversas lançou nesta terça-feira, 3, a função de modo escuro para iPhone e celulares Android. O recurso já está disponível nos dois sistemas e pode ser ativado a partir das configurações. Para os usuários do Android 10 e iOS 13, a função deve ser ativada diretamente nas configurações dos aparelhos. No caso de aparelhos com Android 9 ou versões anteriores, é necessário acessar o menu "Configurações do WhatsApp", depois tocar em "Conversas" e "Tema", e então selecionar o modo escuro. Criado a partir das solicitações frequentes dos usuários, o WhatsApp se junta com outros aplicativos e sistemas operacionais que já possuem o modo como opção de quem não quer utilizar a tela mais clara no celular. Na plataforma, o modo escuro tem fundo cinza escuro e tons esbranquiçados que diminuem o brilho da tela. A empresa informou ainda que dedicou esforços e pesquisas para desenvolver a função focada, principalmente, em uma leitura mais confortável para usuário e na identificação visual do recurso.

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Jacobina: Convite

03 de março de 2020, 13:27

O Movimento de Mulheres de Jacobina (MMJ), convida a ppopulação jacobinense, em especial as mulheres, para participarem de uma Roda de Conversa em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, com o tema "Participação Política das Mulheres e Eleições 2020. O evento acontece nesta sexta-feira 06/03, às 18h, na sede do MMJ que fica situada no Caminho das Árvores, Jacobina-BA. Será uma honra contar com a sua presença! @Gildeanemota #MarcoMulher#VivaasMulheres#MulheresnaPolitica

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Limpar os ouvidos: cuidado com os cotonetes

03 de março de 2020, 07:19

A melhor forma de manter os ouvidos limpos é lavando durante o banho, apenas com água  (Foto: Reprodução)

Com que frequência você limpa os ouvidos com cotonete? Mas você sabia que a limpeza excessiva, principalmente com cotonetes, pode ser prejudicial? A cera é uma substância produzida pelo próprio organismo para proteger o ouvido de sujeiras, bactérias, fungos e outros elementos nocivos. Ela é liberada pelos movimentos da mandíbula. Por muito tentadora que seja a limpeza, se a fizermos todos os dias estamos retirando a camada que protege o canal auditivo, deixando o ouvido desprotegido. Assim, para proteger os ouvidos de infecções, o ideal é limpá-los apenas quando a cera alcança a parte externa da orelha. Além disso, a melhor forma de manter os ouvidos limpos é lavando durante o banho, apenas com água. 

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‘Tigresa’, ‘Chitãozinho’, ‘Frida’ e mais 20 gatos ‘processam’ construtoras por indenização de R$ 230 mil

03 de março de 2020, 07:06

No mérito, o texto pede que a construtora arque com todas as despesas necessárias à manutenção dos gatos (Foto: Estadão)

Um grupo de 23 gatos em 'situação de rua', representados pela estudante Camila de Jesus Dantas de Oliveira, foi à Justiça pedir que as construtoras arquem com suas custas de manutenção e lhes paguem indenização de R$ 230 mil. No polo ativo do processo figuram Diego, Margarida, Florzinha, Lady, Trico, Frida, Fofucha, Tim, Harry, Tigresa, Nino, Tigrão, Chitãozinho, Monalisa, Monalisinho, Tigradinha, Chorão, Laranjinha, Pimpó, Tigrado, Pretinha, Zangada e Branca. Os pedidos foram apresentados à Justiça baiana no início do ano pelos advogados João Borges, Ximene Perez e Yuri Fernandes Lima, que relatam que a Civil Construtora e a Barcino Esteve Construções e Incorporações são responsáveis por um empreendimento na Graça, em Salvador, que será construído no terreno onde habitam os gatos. Segundo a peça, Camila e sua mãe dão comida, água e vermífugos aos gatos há mais de três anos. No entanto, o texto aponta que 'os gatos estão morrendo porque estão sem água e comida', uma vez que a guardiã não tem acesso ao terreno da construção, e também porque 'estão em meio a entulhos e empregados'. Ainda segundo a inicial, Camila chegou a pedir para entrar no terreno mas a solicitação foi negada pelas construtoras. A peça relata outras tratativas relacionadas aos bichanos, sendo a última delas uma notificação extrajudicial que a guardiã enviou às construtoras para que ela pudesse retirá-los do terreno. No entanto, segundo alegam os advogados, as empresas não se manifestaram o que levou ao ajuizamento da ação. Na ação de obrigação de fazer cumulada com ação de indenização por dano moral era pedida a concessão de tutela antecipada para determinar a suspensão imediata das obras, a guarda e a posse dos gatos em favor da guardião, com retirada e encaminhamento dos animais para lar temporário, às expensas das construtoras, e o custeio, pelas empresas, de lar temporário, alimentação, dessedentação, castração, vacinação, medicação e identificação (chipagem e coleira) dos 'autores'. No mérito, o texto pede que a construtora arque com todas as despesas necessárias à manutenção dos gatos, 'uma vez que foram elas que ingressaram no local onde a colônia se encontrava, causando o desequilíbrio ambiental'. Além disso, é pedido que as empresas paguem indenização por danos morais de ao menos R$ 10 mil para cada um dos 23 autores. Nos autos do processo já constam duas decisões. A primeira, assinada pelo juiz Érico Rodrigues Vieira no último dia 22, destacou a 'necessidade de preservação da vida, saúde e bem estar dos animais envolvidos' ao determinar a citação das construtoras para apresentação de defesa em até 15 dias. A decisão de Érico  O magistrado determinou ainda que a guardiã dos gatos poderia, no mesmo prazo estabelecido para as construtoras, indicar os abrigos para os quais pretende encaminhar os animais, 'instruindo sua manifestação com orçamento do custeio que pretende seja imposto à parte ré'. O despacho mais recente, do juiz Joanisio de Matos Dantas Júnior, indeferiu os pedidos de tutela de urgência da ação e, constatando que as partes 'estão bem intencionadas e realmente preocupadas com o destino a ser dado aos animais', agendou para a próxima quinta, 5, às 08h15, uma sessão de mediação entre as partes, que será realizada no Fórum Orlando Gomes em Nazaré. A decisão de Joanisio Na decisão, o magistrado pontuou: "Embora seja correto afirmar que, no Brasil, há leis, normas infralegais e princípios que norteiam os direitos dos animais de existirem com dignidade, o mesmo não se pode dizer em relação à possibilidade dos autores e de sua 'guardiã' figurarem no polo ativo da presente ação, existindo sérias dúvidas quanto à legitimidade ativa dos mesmos". O juiz considerou que, 'ao menos em sede de cognição sumária', os argumentos da necessidade de preservação da vida, saúde e bem estar dos gatos eram insuficientes, a princípio para ' evidenciar a probabilidade do direito alegado na petição inicial, embora essa afirmação não afaste, de logo, a responsabilidade civil e criminal das empresas demandadas pelos danos que, por ventura, vierem a sofrer os animais que se encontram no terreno de sua propriedade'.

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Igreja Evangélica promete imunização contra coronavírus e pode ser investigada por charlatanismo

02 de março de 2020, 14:39

Imagem de computador criada pela Nexu Science Communication, em conjunto com o Trinity College, em Dublin, mostra um modelo estruturalmente representativo de um betacoronavírus, que é o tipo de vírus vinculado ao COVID-19, mais conhecido como coronavírus ligado ao surto de Wuhan (Foto: NEXU Science Communication/via REUTERS)

Postagem em redes sociais chamava para culto em igreja evangélica em Porto Alegre (RS). Polícia Civil estuda eventual medida em relação à prática que poderia caracterizar charlatanismo A promessa de bênção com óleo imunizador contra o coronavírus, anunciada por uma igreja de Porto Alegre neste domingo (1º), colocou autoridades gaúchas em alerta por se tratar de uma medida sem qualquer eficácia contra a covid-19. A doença tem dois casos confirmados no Brasil e outros 252 casos suspeitos — sendo 27 no Rio Grande do Sul. A reportagem é do Portal Zero Hora.  A realização do culto religioso, marcado para às 19h pela Catedral Global do Espírito Santo, ganhou divulgação por meio de redes sociais e chegou ao conhecimento da Polícia Civil e do Conselho Regional de Medicina (Cremers) ao longo do dia, levando as duas instituições a estudar medidas contra eventual prática que caracterize charlatanismo, crime previsto no Código Penal com punição de três meses a um ano de detenção e multa. A reportagem relata que, assim que recebeu uma cópia do convite, a chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, designou uma equipe para assistir ao culto. — Vamos lá para observar e avaliar o que pode ser feito — disse. 

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Milícia e tráfico ameaçam eleição fluminense

02 de março de 2020, 14:10

A corrida eleitoral no Rio está sob a influência do tráfico e das milícias (Foto: REUTERS / Bruno Kelly)

(FOLHAPRESS) - Faltava apenas um mês para as eleições municipais de 2008 quando 3.500 militares ocuparam as favelas do Rio de Janeiro, na chamada Operação Guanabara. O objetivo era coibir a influência do tráfico e das milícias sobre a corrida eleitoral e permitir que qualquer candidato fizesse propaganda nas áreas dominadas pelos grupos. A ação não foi suficiente para garantir a isonomia. Mesmo com a interferência do Exército, candidatos vinculados a organizações criminosas acabaram se elegendo. Foi o caso de Carminha Jerominho, filha e sobrinha de, respectivamente, Jerônimo Guimarães Filho e Natalino Guimarães, condenados por chefiar a milícia Liga da Justiça, uma das principais do Rio. "Não se entendeu que houve sucesso, porque a metodologia era de entrar na comunidade, ficar três dias e sair. Pessoas ligadas a esses movimentos conseguiram se eleger", afirma o juiz Luiz Márcio Pereira, coordenador da fiscalização da propaganda eleitoral. Doze anos depois, o tráfico e a milícia ainda representam uma grave ameaça às eleições. Segundo juízes, pesquisadores e políticos, o poder e a influência dessas organizações criminosas vêm crescendo, desde então, a cada ano. Para o sociólogo e professor José Luiz Cláudio Alves, que estuda as milícias há mais de duas décadas, 2020 será o ano da "apoteose" desses grupos. Ele diz que um discurso de extrema direita, que prega a eliminação de bandidos e o armamento da população, obteve vitória nacional em 2018. Essa narrativa linha-dura, no entendimento do sociólogo, favorece a eleição de personagens ligados às milícias. "Policiais militares, civis, federais, Forças Armadas, que estão se projetando politicamente, eles próprios ou apoiando pessoas vinculadas a eles, têm nesse momento a apoteose. É o momento de se projetarem, ganharem esse poder, perpetuar essa estrutura da extrema direita", diz. Os grupos paramilitares são geralmente formados por quadros das polícias Militar e Civil e dos Bombeiros. No estado do Rio, concentram-se principalmente na zona oeste da capital e na Baixada Fluminense. Historicamente, as milícias obtiveram lucros em cima da extorsão dos moradores de comunidades, por meio da venda de segurança, de gás e do acesso à TV a cabo. Nos últimos anos, esses grupos estenderam seus tentáculos e hoje cobram por consultas em hospitais públicos e até para enterrar o lixo em aterros construídos por eles. A venda de imóveis irregulares, como os dois prédios que caíram em abril de 2019 na comunidade da Muzema, na zona oeste da capital, representa outra perna da sustentação financeira. Para influenciar a corrida eleitoral, as milícias agem tanto sobre eleitores quanto sobre candidatos. Por um lado, tentam conquistar o eleitor ao vender para a comunidade a imagem de benfeitoras. Vangloriam-se, por exemplo, de terem reduzido roubos. Por outro, lançam mão do controle sobre os moradores. Os milicianos têm acesso aos títulos de eleitor, sabem onde cada um vota e exigem apoio a candidatos específicos. Ao mesmo tempo, as milícias impedem os demais postulantes de entrar nos territórios que dominam, fazem uso de ameaças e com frequência assassinam os adversários. "Em 2016, nas últimas eleições municipais, ocorreram 13 assassinatos de candidatos a vereador na Baixada Fluminense. Seis ou sete eram milicianos, então na verdade era um acerto de contas entre eles. Mas matam quando não concordam com um candidato crescendo na área que dominam", diz José Cláudio Alves. É comum que o tráfico também só permita a propaganda eleitoral em seus territórios de candidatos apoiados pela própria facção. Os traficantes exercem influência sobre a população na forma de benefícios ou do controle ostensivo. Especialistas avaliam, contudo, que eles não têm o mesmo poder dos milicianos. "O tráfico não tem a mesma proteção. O traficante não é candidato, é um criminoso, vai ser preso ou morto. Não tem a mesma expressão, o mesmo poder de projeção política", diz o sociólogo. O presidente do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Cláudio Brandão de Oliveira, assume que existe o risco de que a milícia e o tráfico gerem impacto na eleição. Ele afirma que o tribunal está realizando um mapeamento das zonas eleitorais para listar as ocorrências dos últimos pleitos. "Vamos conversar com os juízes eleitorais e com as pessoas dos cartórios. Elas têm a memória do que houve, das dificuldades ali", diz. "Se você me perguntar: vamos ter muito problema com milícia? Espero que não. Mas há uma possibilidade de que os caminhos da milícia e da Justiça Eleitoral se cruzem." Esses caminhos já se cruzam há décadas. Desde os anos 1990 é comum observar, especialmente na Baixada, a eleição de diversos policiais e bombeiros, muitos citados por políticos e pesquisadores como matadores de aluguel. Com o passar do tempo, apesar das prisões de diversos milicianos, a entrada desses grupos nas casas legislativas e prefeituras não cessou. Em julho do ano passado, um vereador de Queimados, Davi Brasil Caetano (Avante), foi preso suspeito de liderar uma das milícias mais perigosas do estado. Três meses depois, Marcinho Bombeiro (PSL), ex-presidente da Câmara de Belford Roxo, foi detido suspeito de cometer dois homicídios. Ele também é acusado de chefiar uma milícia. No ano passado, pelo menos 14 pessoas ligadas à atividade política sofreram atentados no estado. Em dezembro de 2018, a polícia interceptou um plano para matar o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL). Ele foi relator da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio, em 2008. As investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018, também indicam possível envolvimento da milícia. Em janeiro deste ano, um carro blindado onde estava a deputada estadual Martha Rocha (PDT) foi alvo de tiros. Ex-chefe da Polícia Civil do Rio, a parlamentar afirmou que já havia recebido ameaças de morte de milicianos.

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Coronavírus: Quais as chances de morrer por causa da covid-19

02 de março de 2020, 14:02

Cerca de 60 países e territórios já confirmaram casos da doença (Foto: Reprodução)

Cientistas estimam hoje que a cada mil casos do novo coronavírus, entre cinco e 40 resultarão em morte — ou mais precisamente, nove em mil ou cerca de 1%. No domingo (1/03), o secretário de Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, afirmou que o governo estimava que a taxa de mortalidade girava "em torno de 2%, ou menos". Mas isso depende de uma série de fatores, como idade, gênero, condições de saúde e o sistema de saúde no qual você está inserido. É difícil estimar a taxa de mortalidade? É um nível de dificuldade de doutorado para cima. Até mesmo contar o número de casos é complicado. A maioria dos infectados por grande parte dos vírus passará incólume, porque as pessoas tendem a não ir ao médico quando os sintomas são leves. No surto atual, as diferentes taxas de mortalidade que são divulgadas pelos países ao redor do mundo dificilmente indicam que o vírus sofreu mutações. Segundo uma pesquisa da universidade Imperial College, de Londres, isso acontece porque cada país enfrenta dificuldades maiores ou menores para contar os casos brandos, que são mais difíceis de serem contados. Dessa forma, os casos que ficam fora do radar resultam facilmente em uma taxa de mortalidade superestimada. Mas isso também pode gerar outros problemas. Leva tempo até que uma infecção resulte em recuperação ou morte. Se você incluir todos os casos que ainda não tiveram um desfecho, você pode subestimar a taxa de mortalidade porque não está considerando os casos que acabarão em morte mais adiante. Cientistas então combinam diversos fragmentos de evidências para cada uma dessas questões a fim de tentar construir um quadro geral da taxa de mortalidade. Por exemplo, eles estimam a proporção de casos com sintomas leves de pequenos grupos de pessoas selecionados que eles estão monitorando, como os repatriados que saíram da China em direção a seus países de origem. Mas diferentes respostas obtidas nesses fragmentos de evidências podem levar a grandes variações no quadro geral. Se forem levados em conta só dados da província chinesa de Hubei, onde a taxa de mortalidade tem sido muito maior do que em qualquer lugar da China, então essa taxa vai parecer muito pior. Assim, os pesquisadores estimam tanto uma faixa de variação quando o número mais provável. Mas nem isso conta a história completa, porque não há apenas uma taxa de mortalidade. Quais são os riscos para pessoas como eu? Alguns grupos de pessoas são mais suscetíveis a morrerem se contraírem o novo coronavírus: idosos, aqueles que já têm doenças pré-existentes e, talvez, os homens. Na primeira grande análise de mais de 44 mil casos na China, a taxa de mortalidade de idosos foi dez vezes mais alta do que entre aqueles de meia idade. A taxa de mortalidade era ainda mais baixa entre quem tem menos de 30 anos — foram oito mortes entre 4.500 casos. E as mortes eram cinco vezes mais comuns entre as pessoas que tinham diabetes, pressão alta ou doenças cardiovasculares ou respiratórias. Há também um número levemente mais alto de mortes entre os homens, em comparação às mulheres. Todos esses fatores influenciam uns aos outros e não temos ainda uma estimativa completa e precisa de cada grupo de pessoas em cada região. Qual é o risco para as pessoas no lugar onde moro? Um grupo de homens de 80 anos ou mais na China pode enfrentar riscos muito diferentes de homens da mesma faixa etária na Europa ou na África. Os prognósticos também dependem do tratamento que eles obtêm. Outro ponto é que isso varia também em relação ao estágio do surto no país. Se um surto se instala, o sistema de saúde pública pode ser inundado de casos, e em qualquer país só há poucas unidades de terapia intensiva ou com ventilação mecânica disponíveis. O novo coronavírus é mais perigoso que a gripe? Não é possível comparar com propriedade as taxas de mortalidade dessas doenças, porque muitas pessoas com sintomas leves optam por não ir ao médico (ou são orientadas a isso). Então, não é possível precisar quantos casos há de gripe, ou de qualquer outro vírus, a cada ano. Há estimativas. Mas a gripe continua a matar pessoas no Reino Unido, como faz todo inverno. Com a evolução dos dados, os cientistas são capazes de desenvolver um quadro mais preciso de quem está sob risco maior quando o surto de coronavírus se instala no país. De todo modo, a principal recomendação da Organização Mundial da Saúde para se proteger de todos os vírus respiratórios é lançar mão de medidas como: lavar as mãos, evitar se aproximar de quem estiver tossindo ou espirrando e tentar não tocar seus olhos, nariz e boca, além de manter hábitos saudáveis.

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Congelamento de concursos públicos fecha cursinhos

02 de março de 2020, 10:26

As medidas de austeridade colocaram a folha de pagamento dos servidores na mira do governo e fizeram minguar o número de concurso (Foto: Reprodução)

Há três anos, quando conversou com o jornal O Estado de S.Paulo, pela primeira vez, Caroline Santos tinha acabado de deixar o emprego em um escritório de advocacia para mudar de vida: o dinheiro que juntou, com sacrifício, iria permitir a dedicação exclusiva à preparação para o concurso para uma vaga de procuradora pública. Com recursos suficientes para se manter por dois anos, ela abraçou uma rotina de até 12 horas diárias de estudo. Com a queda no número de concursos desde a crise, no entanto, ela teve de voltar há quatro meses para o setor privado. Hoje, ganha o mesmo salário de quatro anos atrás. "Comecei a fazer uma pós-graduação, para me destacar. Não me arrependo de ter largado tudo para prestar concursos, é um sonho que não abandonei, mas que ficou guardado em um cantinho." As medidas de austeridade dos últimos quatro anos colocaram a folha de pagamento dos servidores na mira do governo e fizeram minguar o número de concurso, adiando os planos de muitos brasileiros que buscavam uma carreira no Estado. Em menos de uma década, o número de contratações de servidores federais caiu para quase um sexto do que era. Se em 2010, foram admitidos 296 mil servidores, em 2018 (o dado mais recente), foram 50,7 mil, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), da Secretaria do Trabalho, compilados pela consultoria LCA. O economista Cosmo Donato, da LCA, lembra que em 2010 a conjuntura fiscal permitia a maior reposição do funcionalismo. "A orientação era de expansão da máquina pública, não por acaso, foi ano recorde de contratações. De lá para cá, não só o espaço fiscal continua restritivo, como estruturalmente o quadro exige uma reformulação do funcionalismo." Sem concursos novos, o funcionalismo deixou de ser reposto e, por enquanto, não há autorização para que sejam feitos concursos federais este ano de carreiras civis, apenas militares. Segundo o Ministério da Economia, 22 mil servidores federais devem se aposentar este ano. Até 2022, a previsão é de que cerca de 60 mil deixem o serviço público. Reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo apontou que a equipe econômica decidiu travar seleções de servidores até que a proposta do governo de reforma administrativa passe no Congresso. No mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Executivo não poderia ser "irresponsável" e abrir concursos "desnecessários". Retrato Capital informal dos concurseiros, Brasília é um retrato das mudanças recentes no mercado de seleção para novos servidores. "Há pouco mais de cinco anos, dava para esbarrar em um cursinho preparatório a cada meia hora de caminhada. Só que muitos alunos se cansaram de esperar pelo edital que nunca vinha e metade das escolas fechou", conta o professor aposentado de matemática André Santos. Para João Adilberto Xavier, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Cursos Livres do Distrito Federal, que também representa os cursinhos, não há dúvida de que empresários do setor estão sentindo a falta de novos concursos. Ele, no entanto, avalia que o setor sabe que, mais cedo ou mais tarde, as seleções voltarão. "Faz parte do jogo. O empresário entende que o País está em um processo muito complicado de recuperação econômica e é preciso arrumar a casa. O Estado precisa voltar a ter musculatura para repor as suas peças", avalia Xavier.

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Boas Festas!

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