Jacobina: Obra de esgotamento sanitário descaracteriza calçadas na cidade

06 de agosto de 2020, 17:38

Esta calçada quase centenária, construída com pequenas pedras extraídas do Rio do Ouro não foi reconstruída (Foto: Notícia Limpa)

A não reconstrução das calçadas danificadas com as obras de implantação do sistema de esgotamento sanitário de Jacobina tem sido motivo de reclamação por parte de moradores. Eles reivindicam que sejam mantidas as originalidades, ou seja, que os ‘passeios’ sejam entregues da forma que foram encontrados antes das intervenções.

Ladrilhos e outros materiais utilizados como revestimentos dos pisos são quebrados para a instalação das caixas de esgoto, geralmente na porta das residências, e não são reconstruídos com os mesmos materiais ou similares. “Eles simplesmente quebram tudo, não importando como o material aplicado e o custo que tivemos para revestir e depois cobrem a parte deteriorada com cimento”, reclama uma moradora da Rua Professor Tavares, no Bairro da Matriz.

A parte danificada para a instalação da rede de esgoto é na maioria das vezes coberta por uma massa de cimento

Outra queixa é em relação a forma da escolha das calçadas que recebem a requalificação com a sua forma original. Nossa reportagem tem recebido diversas denúncias de que somente as que pertencem à empresas como agências bancárias, escritórios de advocacia e consultórios médicos estão recebendo um serviço diferenciado. “Pode observar se os passeios em frente ao Banco do Brasil e de outras empresas localizadas no centro da cidade não foram refeitos da mesma forma que era antes, já na porta de nossas casas eles fazem qualquer tipo de baboseira para tapar os buracos”, disse Maria Augusta Sarafin, que, segundo ela, terá que gastar do próprio bolso para consertar o passeio da sua residência.

Conforme o secretário de Infraestrutura do município, Rodrigo Jacobina, a empresa responsável pela execução da obra de esgotamento sanitário da cidade, a Maf Escave, tem a obrigação de entregar o piso urbano, a pavimentação, e as calçadas da residência da mesma forma que encontrou, inclusive com o mesmo material, mas quando não for possível encontrar os mesmos materiais pré-existentes deve-se substituir na sua totalidade por outro similar. O secretário informou ainda que profissionais da pasta estão exclusivos para a fiscalização das obras e que diversas notificações de multas já foram emitidas contra a Maf e a Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa).

Através de contato telefônico com o escritório da Maf, em Salvador, um preposto da empresa informou que desconhecia as denúncias e pediu que o responsável pela obra de Jacobina fosse contatado. Nossa equipe ligou para o número informado, mas não foi atendida.

O Notícia Limpa reserva espaço para que a Maf ou a Embasa possam se posicionar sobre o caso.

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