Jacobina: Implantação de dissipadores no centro da cidade divide a opinião pública

23 de setembro de 2019, 13:02

Os blocos estão sendo motivos de chacotas: "parece um mausoléu" (Foto: Notícia Limpa)

A implantação de blocos dissipadores nas transversais das ruas Manoel Novaes e Dos Humildes, no centro de Jacobina tem dado o que falar. Por ser algo novo para a maioria da população, a obra que visa conter a velocidade da água em períodos de chuva, evitando alagamentos em sua jusante, virou até mesmo ‘meme’ nas redes sociais.

Os dissipadores são usados geralmente em locais fora da área central das cidades

O dissipador de energia (ou de velocidade) de água é um dispositivo que visa promover a redução da velocidade de escoamento de água nas saídas de bueiros, descidas d´água, sarjetas (elementos em forma de calha que captam água pluvial, localizadas nas vias publicas paralelas ao meio fio) e valetas. O objetivo de sua construção é o de reduzir riscos de erosão. Existem diversos tipos de dissipadores de energia, todos com o princípio básico de exercer uma força de obstrução e de atrito para desacelerar o escoamento, onde grande parte da energia danosa é perdida.

Muitos jacobinenses conhecem o custo da falta de um sistema de drenagem urbano de águas pluviais. Os diversos alagamentos ocorridos na cidade causaram prejuízos de bens materiais, destruição da pavimentação, erosões, deslizamentos e outros problemas. As últimas grandes intervenções na drenagem de águas pluviais na cidade de Jacobina aconteceram durante os dois governos do então prefeito Carlito Daltro (1983 – 1988 e 1993 – 1997), ou seja, há mais de 30 anos, desde o seu primeiro mandato.

Fazendo parte do conjunto de obras para ampliação do fechamento das rua Coronel Teixeira e da Afonso Costa, dando continuidade a mais uma grande obra de Carlito Daltro, o conhecido Calçadão, a Prefeitura de Jacobina decidiu optar por fechar definitivamente duas vias.

Por conta dos problemas causados pela grande quantidade de água que desce da serra do bairro da Caixa D´água em período chuvoso seria justificável a construção de ‘tranquilizadores’, mas a obra está sendo criticada por prejudicar a mobilidade urbana do centro do município. “A construção de uma galeria não resolveria o problema?”, questiona o auxiliar de serviços Gerais, Antonio Gomes. Já o técnico em informática, Gerson Souza, prefere ironizar para demonstrar sua insatisfação, “Está parecendo um mausoléu, uma tumba de cemitério. Não tinham alternativas para conter água da chuva?”.

Existem também os que aprovam a intervenção. Um empresário que não quis que seu nome fosse revelado parabenizou o prefeito pelas mudanças anunciadas no centro da cidade, se referindo ao chamado ‘Novo Calçadão’ e a obra para contenção de águas pluviais. “Vai melhorar o movimento das lojas próximas das obras e poderemos dormir tranqüilo em noites de chuvas”, comemorou.

Boas Festas!

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